Resgate de jovem em Myanmar após sismo deixa 2.886 mortos

Um jovem foi resgatado após cinco dias do sismo em Myanmar que causou milhares de vítimas e danos extensos.

há 12 dias
Resgate de jovem em Myanmar após sismo deixa 2.886 mortos

© Narong Sangnak - EPA

Resumo

Um jovem de 20 anos foi resgatado com vida em Myanmar, cinco dias após um sismo devastador que causou a morte de pelo menos 2.886 pessoas. O resgate ocorreu em Naypyidaw, onde equipas de socorristas birmaneses e turcos localizaram o jovem em um hotel em ruínas. As operações de busca continuam, com 25 equipas de 13 países a trabalhar na procura de sobreviventes sob os escombros. O sismo, com magnitude de 7.7, também afetou a Tailândia, onde um edifício em construção desabou, resultando em 29 mortes. A ONU está a mobilizar ajuda para a população afetada, apesar das dificuldades impostas pela guerra civil em Myanmar. A comunidade internacional, incluindo a China e a Índia, está a oferecer assistência humanitária. As consequências do sismo são devastadoras, exacerbadas por infraestruturas inadequadas e desafios socioeconómicos significativos no país.

Um jovem de 20 anos foi resgatado com vida dos escombros em Myanmar, cinco dias após um devastador sismo que causou a morte de pelo menos 2.886 pessoas. O resgate ocorreu na capital Naypyidaw, onde uma equipa de socorristas birmaneses e turcos conseguiu localizar o jovem em um hotel em ruínas, por volta das 00h30 (19h00 de terça-feira em Lisboa). As autoridades locais, incluindo os serviços de bombeiros e a junta militar que governa o país, confirmaram o resgate e continuam a busca por uma segunda pessoa desaparecida.

Atualmente, 25 equipas de busca e salvamento de 13 países estão a trabalhar em Myanmar, onde os esforços se concentram em encontrar sobreviventes sob os escombros de edifícios que desabaram. O número de feridos já ultrapassa os 4.639, com 373 pessoas ainda dadas como desaparecidas. Especialistas alertam que a probabilidade de encontrar mais sobreviventes diminui drasticamente após 72 horas, embora alguns possam resistir até cinco ou seis dias.

O sismo, que atingiu uma magnitude de 7.7 na escala de Richter, também teve repercussões na Tailândia, onde um edifício em construção desabou, resultando na morte de pelo menos 29 pessoas e deixando 34 feridos. O governador da capital tailandesa, Chadchart Sittipunt, destacou a gravidade da situação, afirmando que as operações de resgate estão focadas em salvar vidas, mesmo após o limite crítico de 72 horas.

A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que está a mobilizar ajuda vital para a população afetada em Myanmar, apesar das dificuldades impostas pela guerra civil que assola o país desde o golpe militar de 2021. O líder da junta militar, Min Aung Hlaing, rejeitou uma trégua proposta por uma aliança rebelde em resposta ao desastre, afirmando que as operações militares continuarão.

A comunidade internacional tem respondido ao apelo de ajuda de Myanmar, com países como a China e a Índia a oferecerem assistência humanitária. A China comprometeu-se a enviar 82 socorristas e um pacote de ajuda no valor de 13,8 milhões de dólares, enquanto a Índia enviou um avião com suprimentos essenciais.

As consequências do sismo são devastadoras, especialmente em um país que já enfrenta desafios significativos devido à sua condição socioeconómica. As infraestruturas, muitas vezes inadequadas, não resistiram ao tremor, resultando em danos extensos e um elevado número de vítimas. As autoridades birmanesas estão a trabalhar para garantir acesso à ajuda humanitária e a realizar operações de salvamento o mais rapidamente possível.