O Mercado do Bolhão, no Porto, foi o cenário escolhido para a realização de um Conselho de Ministros que assinalou o primeiro ano do governo de Luís Montenegro, em um ambiente marcado pela pré-campanha eleitoral. O primeiro-ministro, que se viu rodeado de militantes do PSD, fez um balanço positivo do seu mandato, destacando o crescimento económico e a estabilidade política que, segundo ele, foram alcançadas durante o último ano. Montenegro sublinhou que, em apenas um quinto do tempo da legislatura, o governo conseguiu implementar um terço das medidas previstas, enfatizando que o país goza atualmente de uma estabilidade financeira e política.
Em resposta a uma mensagem que circulou entre os militantes do PSD, convocando-os para o evento, o primeiro-ministro afirmou não ter conhecimento de tal apelo, embora tenha admitido que poderia haver trabalho político por parte das estruturas do partido. A sua presença no Porto, segundo Montenegro, faz parte de uma estratégia de descentralização das reuniões do governo, que tem procurado reunir-se em diferentes distritos do país.
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também se fez ouvir, apelando a um "grande esforço" para que a governação se prolongue, tendo em conta o contexto global difícil. Rebelo de Sousa expressou o desejo de que a próxima legislatura seja a mais longa possível, dada a complexidade da situação internacional, especialmente com a nova liderança nos Estados Unidos.
No entanto, a oposição não deixou de criticar o governo. A líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, referiu que o ano de governação do PSD/CDS foi um período perdido em termos de acesso, transparência e celeridade da justiça, acusando o governo de adotar um discurso alarmista em relação à segurança. Leitão defendeu que o Partido Socialista está preparado para recuperar o tempo perdido e melhorar as áreas que considera fundamentais.
À medida que se aproximam as eleições legislativas antecipadas, marcadas para 18 de maio, o governo de Luís Montenegro enfrenta um cenário de incerteza, já que se encontra em gestão e sem garantias de continuidade. O primeiro-ministro, que se apresentou como candidato à reeleição, viu a sua administração cair após a rejeição de uma moção de confiança no parlamento, um desfecho que foi precedido por um ano repleto de desafios e controvérsias.
O evento no Mercado do Bolhão não foi apenas uma oportunidade para o governo apresentar os seus feitos, mas também um momento de reflexão sobre o futuro político do país, onde a luta pelo poder se intensifica à medida que se aproximam as eleições. A fotografia que será tirada no final do encontro simboliza não apenas um marco na história do governo, mas também a expectativa de um novo capítulo na política portuguesa.
Resumo
O Mercado do Bolhão, no Porto, foi o local escolhido para um Conselho de Ministros que celebrou o primeiro ano do governo de Luís Montenegro, num ambiente de pré-campanha eleitoral. O primeiro-ministro fez um balanço positivo, destacando o crescimento económico e a estabilidade política alcançados. Montenegro afirmou que, em um quinto do tempo da legislatura, o governo implementou um terço das medidas previstas, sublinhando a estabilidade financeira do país. O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apelou a um "grande esforço" para prolongar a governação, considerando o contexto global difícil. A oposição, representada pela líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, criticou o governo, considerando o ano como um período perdido em termos de justiça e segurança. Com as eleições legislativas antecipadas marcadas para 18 de maio, o governo enfrenta incertezas, após a rejeição de uma moção de confiança no parlamento. O evento no Mercado do Bolhão simboliza um marco na história do governo e a expectativa de um novo capítulo na política portuguesa.