O fabricante chinês de automóveis Xiaomi anunciou hoje que irá colaborar com as autoridades na investigação de um trágico acidente de carro que resultou na morte de três estudantes. O incidente ocorreu no passado sábado, quando um veículo elétrico Xiaomi SU7, equipado com tecnologia de condução autónoma, colidiu contra uma barreira de betão na autoestrada Dezhou-Shangrao, na província de Anhui, no leste da China.
De acordo com informações divulgadas pela empresa, o veículo estava em modo de Navegação em Autopiloto (NAO) e viajava a uma velocidade de 116 quilómetros por hora antes do acidente. O sistema do carro detectou um obstáculo na estrada e emitiu um aviso ao condutor, que, segundo a Xiaomi, foi responsável por retomar o controlo do veículo. No entanto, poucos segundos depois, o carro embateu na barreira a uma velocidade de 97 quilómetros por hora. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o veículo em chamas na autoestrada, seguido de uma carcaça carbonizada.
O fundador da Xiaomi, Lei Jun, expressou o seu pesar através de uma mensagem online, afirmando que está "com o coração pesado" e reiterando o compromisso da empresa em colaborar com a investigação policial. O acidente levantou questões sobre a fiabilidade do sistema de condução autónoma da Xiaomi, com muitos internautas questionando a razão pela qual o veículo incendiou após a colisão e se as portas se abriram em caso de emergência.
Na rede social Weibo, uma mulher que se identificou como a mãe da condutora do veículo criticou a Xiaomi por não ter entrado em contacto com a família, acusando a empresa de "não levar a sério a vida destas três crianças". "Como familiares das vítimas, temos muitas perguntas. Porque é que o veículo se incendiou depois de bater na barreira? Só queremos uma explicação", escreveu a mulher.
A Xiaomi, que diversificou a sua linha de produtos para incluir automóveis elétricos em março de 2024, lançou o modelo SU7, que rapidamente se tornou popular, com 200.000 unidades vendidas em um ano, a um preço aproximado de 210.000 yuan (cerca de 26.800 euros) para o modelo padrão. Contudo, o acidente teve um impacto negativo nas ações da empresa, que caíram 5% após a notícia.
Embora a Xiaomi tenha afirmado que o seu modelo é capaz de realizar manobras como ultrapassagens e mudanças de faixa na autoestrada, a empresa enfatizou que o sistema não é um substituto para o condutor. Em resposta ao acidente, a Xiaomi formou uma equipa interna para investigar as circunstâncias do incidente e já contactou as famílias das vítimas através das autoridades locais.
Resumo
O fabricante chinês de automóveis Xiaomi anunciou a sua colaboração com as autoridades na investigação de um acidente trágico que resultou na morte de três estudantes. O incidente ocorreu quando um veículo elétrico Xiaomi SU7, em modo de Navegação em Autopiloto (NAO), colidiu contra uma barreira de betão na autoestrada Dezhou-Shangrao, na província de Anhui, a uma velocidade de 116 km/h. Apesar de o sistema ter emitido um aviso ao condutor para retomar o controlo, o carro embateu na barreira a 97 km/h, incendiando-se posteriormente. O fundador da Xiaomi, Lei Jun, expressou pesar e reiterou o compromisso da empresa com a investigação. O acidente levantou questões sobre a fiabilidade do sistema de condução autónoma da Xiaomi, com críticas nas redes sociais sobre a falta de comunicação da empresa com as famílias das vítimas. As ações da Xiaomi caíram 5% após o incidente, que ocorreu pouco tempo após o lançamento do modelo SU7, que vendeu 200.000 unidades em um ano. A empresa formou uma equipa interna para investigar o acidente e já contactou as famílias das vítimas através das autoridades locais.