Novos focos de febre aftosa na Hungria e Eslováquia preocupam autoridades

DGAV intensifica alertas sobre febre aftosa após novos casos na Hungria e Eslováquia.

há 7 dias
Novos focos de febre aftosa na Hungria e Eslováquia preocupam autoridades

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Resumo

A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) de Portugal intensificou os alertas sobre a febre aftosa após a confirmação de novos focos na Hungria e na Eslováquia. A febre aftosa é uma doença altamente contagiosa que afeta bovinos, ovinos, caprinos, suínos e animais selvagens. Recentemente, a Hungria notificou dois novos focos na região de Gyor-Moson-Sopron, totalizando quatro desde março, enquanto a Eslováquia confirmou um foco em Plavecký Stvltoke, elevando o total para cinco. As autoridades implementaram medidas de emergência, incluindo a proibição da movimentação de animais sensíveis e o encerramento de jardins zoológicos e circos ao público. A DGAV enfatizou a necessidade de rigorosas medidas de biossegurança por parte de todos os envolvidos na produção animal, como a limpeza de veículos e a proibição de alimentar animais com restos de cozinha. A febre aftosa pode causar sérios problemas de saúde nos animais e, devido à sua gravidade, a vacinação é proibida na União Europeia, exceto em situações de emergência. A DGAV alertou que qualquer suspeita de infeção deve ser notificada imediatamente às autoridades competentes.

As autoridades veterinárias da Hungria e da Eslováquia confirmaram recentemente novos focos de febre aftosa em bovinos, uma situação que levou a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) a intensificar os alertas sobre a necessidade de cumprimento rigoroso das medidas preventivas. A febre aftosa (FA) é uma doença altamente contagiosa que afeta não apenas bovinos, mas também ovinos, caprinos, suínos e até mesmo animais selvagens.

De acordo com uma nota oficial da DGAV, as autoridades húngaras notificaram a detecção de dois novos focos de febre aftosa na região de Gyor-Moson-Sopron, onde uma das explorações possui 2.498 bovinos e a outra 1.012. Estas explorações estão situadas em áreas já identificadas como zonas de restrição devido a focos anteriores. Desde o início de março, a Hungria contabilizou um total de quatro focos de infeção. Na Eslováquia, um foco foi confirmado no final de março numa exploração em Plavecký Stvltoke, próxima da fronteira com a Áustria, elevando o total de focos notificados no país para cinco desde 21 de março.

A proximidade geográfica dos focos na Hungria e na Eslováquia com a fronteira austríaca levou à extensão das zonas de vigilância a este estado-membro. As medidas de emergência já implementadas incluem a proibição da movimentação de animais de espécies sensíveis provenientes destes países para outros Estados-membros e países terceiros, bem como a proibição de concentrações de animais em feiras, mercados e exposições. Além disso, jardins zoológicos e circos foram encerrados ao público como precaução.

Diante deste cenário alarmante, a DGAV reiterou a importância de que todos os envolvidos na cadeia de produção animal, incluindo produtores, comerciantes, industriais, transportadores e médicos veterinários, adotem rigorosas medidas de biossegurança. Entre as recomendações estão a limpeza e desinfeção de veículos e a proibição de alimentar os animais com lavaduras e restos de cozinha. Também é crucial que não sejam deixados restos de comida acessíveis a javalis, que podem ser vetores da doença.

Desde o início do ano, a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) reportou casos de febre aftosa em diversos países, incluindo Alemanha, Argélia, África do Sul, Burkina Faso, Camboja, China, Comores, Guiné, Coreia do Norte, Eslováquia, Hungria, Iraque, Israel, Líbia, Palestina, Moçambique, Serra Leoa e Vietname. A DGAV alertou que qualquer suspeita de infeção deve ser imediatamente notificada às autoridades competentes.

A febre aftosa pode causar sérios problemas de saúde nos animais, incluindo diminuição da produção leiteira, falta de apetite, abortos e até morte súbita. Os sintomas incluem a formação de vesículas na língua, gengivas, bochechas, lábios, tetas e narinas, além de estrias cinzentas ou amarelas no coração. É importante notar que não existe tratamento eficaz para esta doença e a vacinação é proibida na União Europeia, exceto em situações de emergência.