Impacto das tarifas comerciais de Trump nas economias europeias

Tarifas de Trump geram preocupações sobre o comércio e a economia na Europa.

há 8 dias
Impacto das tarifas comerciais de Trump nas economias europeias

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Resumo

As tarifas comerciais recentemente anunciadas pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suscitam preocupações em Portugal e na Europa. Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, alertou que estas tarifas funcionam como um imposto, elevando os custos económicos e afetando a atividade comercial em todos os níveis de produção. Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, também expressou receios sobre as consequências globais, prevendo que as tarifas não beneficiarão nem os países que as impõem nem os que retaliam, podendo desestabilizar o comércio mundial. As tarifas, que podem atingir 20% sobre produtos como automóveis e produtos farmacêuticos, poderão reduzir as exportações da União Europeia em até 85 mil milhões de euros, com o setor automóvel a ser particularmente vulnerável. Economistas preveem uma possível recessão técnica na Europa, com crescimento reduzido e inflação em alta. Em resposta, ativistas norte-americanos em Portugal organizam protestos contra a administração Trump, mobilizando cidadãos para defender a democracia. A incerteza nos mercados financeiros aumenta, com investidores atentos às implicações das novas tarifas no comércio internacional.

As recentes tarifas comerciais anunciadas pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estão a gerar preocupações significativas em várias economias, incluindo a portuguesa. Especialistas alertam que estas medidas podem ter um impacto profundo não apenas nos empresários que exportam para os EUA, mas também nos consumidores americanos, que poderão enfrentar um aumento nos preços de produtos essenciais.

Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, sublinhou que as tarifas funcionam como um imposto, aumentando os custos económicos e reduzindo a atividade comercial. Durante uma cerimónia de entrega de prémios, Centeno destacou que as tarifas afetam todos os estágios da produção, não se limitando apenas ao consumo final. Ele advertiu que a Europa e Portugal sentirão os efeitos diretos destas medidas, e que a resposta da União Europeia deve ser coordenada e eficaz.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, também expressou preocupações sobre as consequências globais das tarifas. Em uma entrevista, ela afirmou que as novas taxas não beneficiarão nem os países que as impõem nem aqueles que retaliam, prevendo uma desestabilização do comércio mundial. Lagarde considerou que as tarifas representam uma oportunidade para a Europa buscar maior autossuficiência, enfatizando a necessidade de focar nas forças internas do continente.

As tarifas de Trump, que podem chegar a 20% sobre uma ampla gama de produtos, incluindo automóveis e produtos farmacêuticos, têm o potencial de reduzir as exportações da União Europeia em até 85 mil milhões de euros. O setor automóvel, em particular, poderá ser severamente afetado, com as tarifas tornando os veículos europeus menos competitivos no mercado americano. Economistas alertam que a situação poderá levar a uma recessão técnica na Europa, com previsões de crescimento reduzido e aumento da inflação.

Enquanto isso, ativistas norte-americanos em Portugal estão a organizar protestos contra a administração Trump, com manifestações programadas em várias cidades, incluindo Lisboa e Lagos. Os organizadores esperam mobilizar não apenas cidadãos americanos, mas também portugueses e outros europeus, para se manifestarem em defesa da democracia e contra o que consideram ser uma ameaça às instituições democráticas.

Com a bolsa de Wall Street a abrir em baixa e os mercados europeus a seguirem a mesma tendência, a incerteza em torno das tarifas de Trump continua a dominar as atenções. Os investidores aguardam ansiosamente mais detalhes sobre as medidas que poderão moldar o futuro do comércio internacional e as relações económicas entre os EUA e a Europa. A situação permanece volátil, com muitos a questionarem as repercussões a longo prazo das políticas comerciais de Trump.