Queda de 13% nas vendas da Tesla marca maior descida histórica

Tesla enfrenta desafios com queda nas vendas e crescente concorrência da BYD.

há 8 dias
Queda de 13% nas vendas da Tesla marca maior descida histórica

© CNN, John Liu

Resumo

As vendas da Tesla caíram 13% no primeiro trimestre de 2025, totalizando 336.681 unidades, a maior descida na história da empresa. Este declínio, que representa uma redução de cerca de 50.000 veículos, ocorre num contexto de crescente concorrência, especialmente da BYD, que reportou um aumento de 39% nas suas vendas, totalizando mais de 416.000 unidades. A Tesla enfrenta desafios como o envelhecimento da sua gama de produtos e a oposição a Elon Musk, exacerbada por suas ligações políticas. Na Europa, as vendas da Tesla caíram 49% nos primeiros dois meses do trimestre, enquanto o mercado de veículos elétricos cresceu 28%. A BYD, por sua vez, tem investido em inovações tecnológicas, como uma nova tecnologia de carregamento que aumenta a autonomia em cinco minutos. A Tesla, com uma queda de 50% nas suas ações desde dezembro, implementou descontos para atrair compradores, mas a queda nas vendas superou as expectativas. A situação é complicada pelo papel controverso da Tesla no cenário político, levantando questões sobre o futuro da marca num mercado cada vez mais competitivo.

As vendas da Tesla sofreram uma queda significativa de 13% no primeiro trimestre de 2025, marcando a maior descida na história da empresa. A fabricante de veículos elétricos, liderada por Elon Musk, anunciou que vendeu 336.681 unidades entre janeiro e março, em comparação com 386.810 no mesmo período do ano anterior. Este declínio, que representa uma redução de cerca de 50.000 veículos, ocorre num contexto de crescente concorrência no mercado de veículos elétricos, especialmente por parte de fabricantes chineses como a BYD, que continua a ganhar terreno.

A Tesla enfrenta uma série de desafios que contribuem para esta diminuição nas vendas. Entre os fatores destacados estão o "envelhecimento" da sua gama de produtos e a crescente oposição a Musk, que se intensificou devido ao seu envolvimento com a administração de Donald Trump e suas posições políticas controversas. A empresa também tem sido alvo de protestos e atos de vandalismo, que podem ter desestimulado potenciais compradores. Na Europa, as vendas da Tesla caíram 49% nos primeiros dois meses do trimestre, mesmo quando o mercado de veículos elétricos na região cresceu 28%, segundo a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis.

Enquanto isso, a BYD, fabricante chinesa de veículos elétricos, reportou um aumento de 39% nas suas vendas, totalizando mais de 416.000 unidades no mesmo período. Este crescimento robusto solidifica a posição da BYD como o maior vendedor mundial de veículos elétricos, superando a Tesla em vendas trimestrais. A empresa chinesa tem investido em inovações tecnológicas, incluindo uma nova tecnologia de carregamento que permite adicionar 400 quilómetros de autonomia em apenas cinco minutos, superando a eficiência dos Superchargers da Tesla.

A Tesla, por sua vez, não conseguiu acompanhar a evolução tecnológica de seus concorrentes e perdeu quota de mercado nos últimos meses. As suas ações caíram drasticamente, aproximadamente 50% desde o pico em dezembro, refletindo a preocupação dos investidores com a possibilidade de um boicote aos seus produtos e outros problemas que possam afetar a empresa. Apesar de ter implementado descontos e incentivos para atrair compradores, a queda nas vendas foi maior do que o esperado pelos analistas.

A situação da Tesla é ainda mais complicada pelo seu papel controverso no cenário político, que tem gerado reações adversas e protestos em várias partes do mundo. O impacto das suas relações políticas e a crescente concorrência no setor de veículos elétricos levantam questões sobre o futuro da marca, que, embora tenha sido pioneira no mercado, agora enfrenta um ambiente competitivo cada vez mais desafiador.

Com a BYD a expandir-se rapidamente em mercados internacionais e a Tesla a lutar para manter a sua posição, o futuro da fabricante de Austin, Texas, poderá depender da sua capacidade de inovar e adaptar-se a um mercado em rápida evolução.