André Ventura propõe amnistia para polícias condenados

Líder do Chega defende amnistia para polícias que usaram força em serviço.

há 6 dias
André Ventura propõe amnistia para polícias condenados

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Resumo

André Ventura, presidente do partido Chega, anunciou a intenção de propor uma amnistia para polícias condenados por crimes cometidos no exercício das suas funções, incluindo homicídios. Durante uma visita a uma esquadra da PSP na Parede, Ventura defendeu que as ações dos agentes, mesmo que consideradas criminosas, foram motivadas pela necessidade de proteger a população. Ele afirmou que a proposta será analisada caso a caso, visando rever a situação de polícias que usaram a força em defesa da segurança pública. Esta iniciativa ocorre num momento em que as listas para as próximas eleições legislativas estão fechadas, mas Ventura reafirmou a inclusão de Cristina Rodrigues na sua lista, apesar das acusações de dano informático que enfrenta.

André Ventura, presidente do partido Chega, admitiu recentemente que existem candidatos a deputados na sua lista que enfrentam suspeitas e condenações judiciais, embora defenda que tais crimes são de natureza menos grave. Durante uma visita a uma esquadra da PSP na Parede, no concelho de Cascais, Ventura anunciou que, na próxima legislatura, o partido irá propor uma amnistia para polícias condenados por crimes cometidos no exercício das suas funções, incluindo homicídios.

“Vamos propor no parlamento uma amnistia para todos os polícias que foram acusados de, no serviço público e no âmbito da defesa das pessoas, ter interferido com a integridade física, ou com a vida, ou com a situação pessoal dos criminosos”, afirmou Ventura. O líder do Chega sublinhou que a proposta visa rever a situação de todos os agentes que se viram obrigados a usar a força ou a arma em serviço, em defesa da segurança dos cidadãos.

Ventura argumentou que, embora esses polícias possam ter cometido crimes, as suas ações foram motivadas pela necessidade de proteger a população. “Eles até podem ter cometido um crime naquele momento, mas cometeram para nos defender. E nós hoje o que temos é falta de capacidade de nos defender”, disse, acrescentando que os polícias não devem ter medo de exercer a sua autoridade.

O presidente do Chega enfatizou que a proposta de amnistia será analisada caso a caso, defendendo que os agentes que atuaram em situações de perigo, em defesa da segurança pública, devem ser considerados para a amnistia. Esta iniciativa surge num contexto em que as listas para as próximas eleições legislativas já estão fechadas, mas Ventura reafirmou a intenção de manter Cristina Rodrigues na sua lista, apesar das acusações de dano informático que enfrenta.