A recente visita da Juventude do Chega à Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa gerou uma onda de controvérsia e acusações entre os estudantes e a deputada Rita Matias. Durante a ação, que envolveu a distribuição de panfletos e a afixação de cartazes, a Direção da Faculdade afirmou que os membros do partido não obtiveram a autorização necessária, violando assim as normas institucionais. A Direção reiterou que não solicitou a intervenção da Polícia de Segurança Pública (PSP), apesar das alegações de que a deputada teria pedido a presença policial devido à contestação dos alunos.
O episódio ocorreu na quarta-feira, quando a Juventude do Chega, acompanhada por Matias, tentou promover a sua mensagem política na faculdade. Segundo a Direção, a afixação de cartazes deve seguir regras específicas, que não foram respeitadas neste caso. A situação escalou quando um estudante retirou os cartazes, levando a protestos por parte dos simpatizantes do Chega. O comunicado da Direção, assinado pelo diretor Eduardo Vera-Cruz Pinto, destacou que a intervenção de estudantes para impedir a violação das normas resultou numa troca acesa de palavras, que culminou na presença da PSP.
Os estudantes, por sua vez, acusaram a deputada de ter uma postura provocadora e de instrumentalizar as forças de segurança. A Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa (AAFDL) criticou a identificação de dois alunos pela PSP, afirmando que tal ação não tinha justificação legal e que a intervenção da polícia em um ambiente académico é inaceitável. A AAFDL também denunciou que a deputada estava a tentar dar lições de moral a qualquer facção política, utilizando os meios de segurança de forma inadequada.
Em resposta, Rita Matias defendeu a sua posição nas redes sociais, afirmando que a Juventude do Chega foi alvo de provocações, incluindo o rasgar de materiais e ofensas por parte de outros estudantes. A deputada enfatizou que o tempo da impunidade já passou e que não se deixariam condicionar por militantes de esquerda. A situação continua a ser analisada pela Direção da Faculdade, que promete uma posição oficial em breve.
Enquanto isso, o Comando Metropolitano de Lisboa foi questionado sobre a intervenção da PSP, mas ainda não forneceu uma resposta. Este incidente levanta questões importantes sobre a liberdade de expressão e a dinâmica política dentro das instituições de ensino superior, refletindo a crescente polarização no cenário político português.
Resumo
A visita da Juventude do Chega à Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa provocou controvérsia, com a Direção da Faculdade a afirmar que o partido não tinha autorização para a sua ação, que incluía a distribuição de panfletos e afixação de cartazes. A Direção, liderada por Eduardo Vera-Cruz Pinto, negou ter solicitado a intervenção da Polícia de Segurança Pública (PSP), apesar das alegações de que a deputada Rita Matias pediu a presença policial devido à contestação dos alunos. O incidente escalou quando um estudante retirou os cartazes, resultando em protestos e na identificação de dois alunos pela PSP, o que a Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa (AAFDL) considerou inaceitável. Matias defendeu-se nas redes sociais, alegando que a Juventude do Chega foi provocada. O Comando Metropolitano de Lisboa ainda não se pronunciou sobre a intervenção da PSP. Este episódio levanta questões sobre a liberdade de expressão e a polarização política nas instituições de ensino superior em Portugal.