No dia 7 de outubro de 2023, o festival de música Nova, realizado no sul de Israel, tornou-se o cenário de uma tragédia sem precedentes, resultando na morte de 378 pessoas, das quais 344 eram civis, conforme um relatório recente do exército israelita. Este ataque, perpetrado pelo Hamas, não apenas chocou a nação, mas também levantou sérias questões sobre a capacidade das forças de segurança israelitas em proteger os seus cidadãos.
O relatório, que foi apresentado às famílias das vítimas e sobreviventes nos dias anteriores, revela que, durante o ataque, 44 pessoas foram raptadas, com 17 ainda em cativeiro em Gaza e 11 presumidamente vivas. O exército israelita confirmou que, entre os reféns, 19 foram mortos no dia do ataque ou permanecem desaparecidos. Naquele dia fatídico, cerca de 3.400 pessoas estavam presentes no festival de dança em Réïm, a menos de 5 km da fronteira com a Faixa de Gaza, que foi invadida por milhares de combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica, apoiados por uma intensa barragem de artilharia e unidades aerotransportadas.
As investigações indicam que a polícia ordenou o encerramento do festival às 6h35, apenas seis minutos após o início do bombardeio com milhares de rockets disparados pelo Hamas. A maioria dos participantes conseguiu evacuar antes da chegada dos primeiros atacantes, que, segundo o exército, eram cerca de 110 terroristas, que chegaram ao local às 8h20. Curiosamente, a investigação sugere que o ataque ao festival não estava nos planos iniciais do Hamas, que se perdeu a caminho da cidade de Netivot, mais ao norte.
Imagens do ataque mostram cenas horríveis, com jovens sendo fuzilados em grupo e outros mortos quando os assaltantes lançaram granadas nos abrigos onde as pessoas tentavam se esconder. Os primeiros soldados israelitas chegaram à área apenas às 11h20, muito tempo depois do início do massacre. Quando o relatório foi apresentado às famílias, representantes do exército pediram desculpas e reconheceram as falhas que levaram a esta tragédia. Um familiar de uma das vítimas, que preferiu permanecer anónimo, expressou a sua frustração, afirmando que "já sabíamos que eles tinham falhado".
O ataque do Hamas não só resultou na morte de 1.218 israelitas, a maioria civis, ao longo de cerca de 10 horas, mas também é considerado a maior matança de israelitas na história do país. Das 251 pessoas raptadas nesse dia, 58 continuam como reféns em Gaza, com 34 já declaradas mortas. Este evento é visto como a maior falha de segurança dos serviços de informações e das forças de segurança de Telavive.
Em resposta a esta atrocidade, Israel prometeu destruir o Hamas, lançando uma campanha militar de retaliação que, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, resultou em mais de 50 mil mortes, a maioria civis, em Gaza, números que são considerados fiáveis pela ONU. A situação continua a evoluir, com a comunidade internacional a acompanhar de perto os desdobramentos deste conflito devastador.
Resumo
No dia 7 de outubro de 2023, o festival de música Nova, no sul de Israel, foi alvo de um ataque devastador do Hamas, resultando na morte de 378 pessoas, incluindo 344 civis, conforme relatório do exército israelita. Durante o ataque, 44 pessoas foram raptadas, com 17 ainda em cativeiro em Gaza. O exército confirmou que 19 reféns foram mortos ou estão desaparecidos. Aproximadamente 3.400 pessoas estavam presentes no festival, que foi invadido por cerca de 110 terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica, apoiados por uma intensa barragem de artilharia. O ataque, considerado a maior matança de israelitas na história do país, levantou questões sobre a eficácia das forças de segurança israelitas. Israel respondeu com uma campanha militar contra o Hamas, resultando em mais de 50 mil mortes em Gaza, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, números que a ONU considera fiáveis. A situação continua a ser monitorada pela comunidade internacional.