Ataques aéreos israelitas na Faixa de Gaza resultaram na morte de pelo menos 97 pessoas, incluindo civis, e deixaram um número indeterminado de feridos, conforme relataram fontes locais. Entre os alvos dos bombardeios, uma escola que abrigava deslocados pela guerra foi atingida, provocando a morte de 31 pessoas, segundo as equipas de resgate da Proteção Civil. O ataque, que ocorreu na escola Dar al-Arqam, localizada no bairro de Al-Tuffah, a nordeste da cidade de Gaza, também deixou mais de uma centena de feridos, conforme afirmou Mahmoud Bassal, porta-voz da Proteção Civil.
O exército israelita justificou os ataques alegando que visavam um edifício que servia como centro de comando para militantes do Hamas, responsáveis por ataques contra civis e militares israelitas. No entanto, não foi confirmada a relação entre o ataque que atingiu a escola e as alegações do exército. O Hamas condenou os bombardeios, acusando Israel de perpetrar um genocídio contra civis inocentes na região.
Além disso, a ONU expressou preocupações sobre a possibilidade de crimes de guerra, após um ataque israelita em 23 de março que resultou na morte de 15 profissionais de saúde e trabalhadores humanitários. O alto comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, pediu uma investigação independente e rápida sobre os incidentes, sublinhando que os responsáveis por violações do direito internacional devem ser responsabilizados. As forças israelitas admitiram ter disparado contra ambulâncias, alegando que os veículos eram suspeitos.
Jonathan Whittall, chefe de Assuntos Humanitários da ONU no Território Palestiniano, revelou que uma missão em Rafah encontrou uma vala comum com os corpos dos profissionais de saúde, que foram mortos enquanto tentavam salvar vidas. O médico Younis Al-Khatib, presidente da Sociedade do Crescente Vermelho Palestiniano, também apresentou detalhes sobre o ataque, afirmando que havia registos de comunicações em tempo real entre a equipa médica e as forças israelitas, sugerindo que alguns dos atacados ainda estavam vivos durante o ataque.
A situação em Gaza continua a deteriorar-se, com o exército israelita a intensificar os bombardeios e a impor um bloqueio severo à ajuda humanitária, afetando gravemente a população civil. O bloqueio, que já dura um mês, é considerado pela ONU como uma punição coletiva, com implicações devastadoras para a vida dos habitantes de Gaza. As ordens de evacuação obrigatória e a declaração de zonas proibidas têm gerado um clima de terror e incerteza, enquanto a comunidade internacional observa com crescente preocupação a escalada do conflito.
Resumo
Os recentes ataques aéreos israelitas na Faixa de Gaza resultaram na morte de pelo menos 97 pessoas, incluindo 31 civis em uma escola que abrigava deslocados pela guerra. O ataque, que ocorreu na escola Dar al-Arqam, foi justificado pelo exército israelita como uma ação contra um centro de comando do Hamas, embora a relação entre o ataque e os militantes não tenha sido confirmada. O Hamas denunciou os bombardeios como genocídio contra civis. A ONU expressou preocupações sobre possíveis crimes de guerra, especialmente após um ataque anterior que matou 15 profissionais de saúde. O alto comissariado da ONU para os Direitos Humanos pediu uma investigação independente sobre os incidentes. A situação humanitária em Gaza agrava-se com o bloqueio severo à ajuda, considerado uma punição coletiva, e a intensificação dos bombardeios, que geram um clima de terror e incerteza entre a população civil.