Fotografias e vídeos de alunas da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) foram captados e partilhados sem consentimento, gerando uma onda de indignação na comunidade académica. O incidente, que ocorreu durante uma gala da Associação de Estudantes da FEUP, envolveu a divulgação de imagens em um grupo de WhatsApp, supostamente por membros da própria associação.
De acordo com o Jornal de Notícias, a direção da faculdade está a acompanhar a situação com seriedade e já condenou os atos. A Associação de Estudantes enviou um e-mail à comunidade escolar, expressando a sua repulsa pelo ocorrido e convocando uma assembleia geral para esclarecer os detalhes e tomar medidas contra os envolvidos, que incluem alguns membros da direção da associação.
Inês Marinho, presidente da associação de combate à violência sexual "Não Partilhes", denunciou que as alunas foram fotografadas debaixo de mesas e por debaixo das saias, revelando que o grupo de WhatsApp em questão existe há anos e tem sido utilizado para a partilha de conteúdos íntimos sem consentimento. Em resposta, um membro da AEFEUP negou as alegações, afirmando que as imagens não foram captadas de forma ilícita.
A direção da FEUP reafirmou que está a acompanhar o caso e que os esclarecimentos necessários serão apresentados na assembleia agendada para o início da próxima semana. Este episódio levanta questões sérias sobre a cultura de consentimento e a necessidade de um ambiente seguro para todas as alunas, com muitos a alertarem que a violência sexual contra as mulheres está a ser banalizada na sociedade contemporânea.
Resumo
Fotografias e vídeos de alunas da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) foram captados e partilhados sem consentimento durante uma gala da Associação de Estudantes, gerando indignação na comunidade académica. A direção da faculdade condenou os atos e está a acompanhar a situação. A Associação de Estudantes expressou repulsa pelo ocorrido e convocou uma assembleia geral para discutir medidas contra os envolvidos, incluindo membros da direção da associação. Inês Marinho, presidente da associação "Não Partilhes", denunciou que as alunas foram fotografadas de forma invasiva, revelando que o grupo de WhatsApp utilizado para partilha de conteúdos íntimos existe há anos. Um membro da AEFEUP negou as alegações de captação ilícita das imagens. A direção da FEUP reafirmou que irá apresentar esclarecimentos na assembleia agendada, destacando a importância de um ambiente seguro e a necessidade de abordar a cultura de consentimento, especialmente face à banalização da violência sexual contra mulheres na sociedade atual.