A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) lamentou a morte de um de seus funcionários, Hussam al-Loulou, um segurança de 58 anos, durante um ataque aéreo israelita na cidade de Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza. Este trágico incidente, que ocorreu na terça-feira, 1 de abril, marca a perda do 11.º membro da MSF desde o início da ofensiva israelita contra Gaza em outubro de 2023. Além de Hussam, sua esposa e filha de 28 anos também perderam a vida no ataque. A MSF descreveu Hussam como uma pessoa generosa e humilde, que deixa dois filhos.
Desde que Israel retomou os bombardeamentos em meados de março, mais de 1.200 palestinianos perderam a vida, de acordo com as autoridades de saúde de Gaza. Hussam é o segundo trabalhador da MSF a ser morto em um intervalo de apenas duas semanas. Em meio a essa escalada de violência, as tropas israelitas avançaram sobre a Cidade de Gaza, entrando no bairro de Shujaiya, com o objetivo de expandir a chamada "zona de segurança" que separa o enclave de Israel. O exército israelita afirmou ter eliminado cerca de 250 "terroristas" durante essa ofensiva.
A comissária europeia para a Preparação para Crises e Gestão de Crises, Hadja Lahbib, fez um apelo urgente para que o sofrimento da população de Gaza cesse, destacando que mais de 140.000 pessoas estão sendo deslocadas à força e que, desde a ruptura do cessar-fogo em março, mais de 300 crianças foram mortas. Lahbib enfatizou que o bloqueio israelita à ajuda humanitária, que já dura um mês, ameaça a vida de centenas de milhares de pessoas e que o uso da ajuda humanitária como arma de guerra é proibido pela lei internacional.
No contexto da Cisjordânia, o general Avi Bluth, chefe do Comando Central do exército israelita, criticou o comportamento violento de alguns reservistas durante uma operação em Deheisha, onde atos de vandalismo foram registrados. Bluth expressou sua indignação com a situação, afirmando que o vandalismo e a falta de disciplina são inaceitáveis e que o exército está determinado a tomar medidas severas contra esses comportamentos.
Enquanto isso, o primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, pediu uma "pressão máxima" sobre Israel para que cessem os ataques no Líbano, após um ataque aéreo que resultou na morte de três pessoas, incluindo Hassan Farhat, um líder do Hamas no país. Salam denunciou os ataques israelitas como uma violação da soberania libanesa e uma clara transgressão da Resolução 1701 da ONU.
Os ataques israelitas no sul do Líbano intensificaram-se, com a cidade de Sidon sendo um dos principais alvos. As Forças de Defesa de Israel afirmaram que Farhat era responsável por vários planos terroristas contra Israel. O primeiro-ministro libanês condenou esses ataques, reiterando a necessidade de um cessar-fogo completo e de uma pressão internacional para proteger os civis.
A situação no Médio Oriente continua a ser crítica, com a população civil em Gaza e no Líbano enfrentando um sofrimento imenso em meio a um conflito que parece não ter fim à vista.
Resumo
Um ataque aéreo israelita em Deir al-Balah, na Faixa de Gaza, resultou na morte de Hussam al-Loulou, um segurança de 58 anos e funcionário da Médicos Sem Fronteiras (MSF), juntamente com sua esposa e filha. Este incidente marca a perda do 11.º membro da MSF desde o início da ofensiva israelita em outubro de 2023. Desde meados de março, mais de 1.200 palestinianos perderam a vida devido aos bombardeamentos israelitas. A comissária europeia Hadja Lahbib fez um apelo para que cesse o sofrimento da população de Gaza, destacando o deslocamento forçado de mais de 140.000 pessoas e a morte de mais de 300 crianças desde a ruptura do cessar-fogo. No Líbano, o primeiro-ministro Nawaf Salam condenou os ataques israelitas que resultaram na morte de Hassan Farhat, um líder do Hamas, e pediu uma pressão internacional para um cessar-fogo. A situação no Médio Oriente permanece crítica, com a população civil a enfrentar um sofrimento imenso em meio ao conflito.