Intensificação do clima político em Portugal antes das eleições

Eleições legislativas antecipadas em Portugal marcam competição acirrada entre PS e AD.

há 6 dias
Intensificação do clima político em Portugal antes das eleições

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Resumo

O clima político em Portugal intensifica-se com as eleições legislativas antecipadas agendadas para 18 de maio. O Partido Socialista (PS) e a Aliança Democrática (AD), coligação entre o PSD e o CDS, já apresentaram as suas listas de candidatos, prometendo uma competição acirrada. O porta-voz do PS desafiou o primeiro-ministro Luís Montenegro a apresentar provas que possam esclarecer a sua posição. A campanha do PS foca nos resultados negativos do governo, enquanto a AD destaca a escolha de onze ministros como cabeças de lista, com Luís Montenegro a competir em Aveiro contra Pedro Nuno Santos do PS. Uma sondagem da Consulmark2 indica que a AD lidera com 25,6% das intenções de voto, seguida pelo PS com 20,4%, e 21,6% dos eleitores permanecem indecisos. Questões práticas como saúde, habitação e educação são as principais preocupações dos cidadãos. O Almirante Henrique Gouveia e Melo surge como forte candidato à Presidência da República, com 36,9% das intenções de voto, mesmo sem candidatura oficial. O cenário político está em ebulição, com debates e reações dos eleitores a serem cruciais nas semanas que se seguem.

O clima político em Portugal intensifica-se à medida que se aproximam as eleições legislativas antecipadas, marcadas para o dia 18 de maio. O Partido Socialista (PS) e a Aliança Democrática (AD), coligação entre o PSD e o CDS, já revelaram as suas listas de candidatos, e a competição promete ser acirrada. O porta-voz da candidatura do PS lançou um desafio ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, exigindo provas que possam pôr fim ao que considera ser uma "novela" em torno da sua figura. Enquanto isso, a estratégia do PS parece estar a ser delineada em várias frentes, com o presidente do partido a querer centrar a campanha nos resultados negativos do governo.

A contenda entre os líderes partidários está também a ser discutida em diversos fóruns, incluindo o podcast "Antes Pelo Contrário", onde se analisa a necessidade de Luís Montenegro reconsiderar a sua abordagem e debater com todos os partidos políticos. O período de debates eleitorais, que se inicia a 8 de abril, promete ser um campo de batalha crucial para ambos os lados.

As listas de candidatos já foram divulgadas, revelando algumas surpresas e repetições. A AD optou por colocar onze ministros como cabeças de lista, destacando Luís Montenegro em Aveiro, onde se prevê um confronto decisivo com Pedro Nuno Santos, o secretário-geral do PS. Por outro lado, o PS apresenta mudanças significativas, com 12 dos 22 cabeças de lista a serem novos em comparação com as últimas legislativas. Entre as novidades, destaca-se a escolha de Pedro Delgado Alves por Coimbra e a liderança de Rui Santos em Vila Real.

Uma sondagem recente da Consulmark2, realizada para a Euronews e o Nascer do Sol, indica que a AD mantém a liderança nas intenções de voto, com 25,6%, enquanto o PS segue com 20,4%. Os indecisos, que representam 21,6%, podem ser um fator decisivo nas eleições. O Chega e a Iniciativa Liberal também estão a competir por um espaço no Parlamento, com o Chega a registar uma queda nas intenções de voto.

Além disso, a sondagem revela que a maioria dos inquiridos expressa preocupações com questões práticas, como saúde, habitação e educação, em vez de se focar nas crises políticas em curso. O acesso a cuidados de saúde é, de longe, a principal preocupação dos portugueses, seguido pelo aumento das taxas de juro e o custo das rendas.

Enquanto isso, o Almirante Henrique Gouveia e Melo surge como um forte candidato à Presidência da República, com 36,9% das intenções de voto, mesmo sem ter declarado oficialmente a sua candidatura. A corrida presidencial também promete ser um tema quente nas próximas semanas, à medida que os partidos se preparam para a batalha eleitoral.

Com o prazo para a entrega das listas a expirar a 7 de abril e a campanha oficial a decorrer entre 4 e 16 de maio, o cenário político português está em ebulição, e todos os olhos estarão voltados para os debates e as reações dos eleitores nas semanas que se seguem.