Chega altera listas de candidatos para eleições legislativas

André Ventura anuncia mudanças nas listas do Chega para as eleições de 18 de maio, visando alinhar perfis com objetivos do partido.

há 5 dias
Chega altera listas de candidatos para eleições legislativas

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Resumo

O partido Chega, liderado por André Ventura, anunciou alterações significativas nas suas listas de candidatos para as eleições legislativas de 18 de maio. Durante uma conferência de imprensa em Lisboa, Ventura revelou que Henrique de Freitas e António Pinto Pereira foram excluídos das listas, uma decisão que visa alinhar os perfis dos candidatos com os objetivos do partido para os próximos quatro anos. Pedro Frazão liderará a lista por Aveiro, enquanto Paulo Seco e João Aleixo assumirão as lideranças em Coimbra e Portalegre, respetivamente. Ventura justificou as mudanças como uma escolha estratégica, enfatizando a necessidade de um perfil mais adequado para o futuro do partido. O Chega, fundado em 2019, procura consolidar a sua presença política, especialmente nas regiões do sul, centro e norte de Portugal, e Ventura expressou confiança na possibilidade de uma maioria nas eleições, destacando a importância de um entendimento claro entre os partidos de direita. O líder do Chega não descartou um entendimento pós-eleitoral com o PSD, mas sublinhou que isso dependerá da transparência do partido de Luís Montenegro em relação a questões de gestão e património.

O partido Chega, liderado por André Ventura, está a preparar-se para as eleições legislativas de 18 de maio, com uma série de mudanças significativas nas suas listas de candidatos. Durante uma conferência de imprensa realizada na sede do partido em Lisboa, Ventura anunciou que Henrique de Freitas, deputado eleito pelo círculo eleitoral de Portalegre, e António Pinto Pereira, que foi cabeça de lista por Coimbra em 2024, foram excluídos das listas para as próximas eleições. A decisão, segundo Ventura, foi tomada com base na necessidade de alinhar os perfis dos candidatos com os objetivos do partido para os próximos quatro anos.

O novo cabeça de lista por Aveiro será Pedro Frazão, que já havia liderado a lista por Santarém no ano passado. Este círculo é particularmente competitivo, uma vez que contará com a presença dos líderes do PSD e do PS, Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro, respetivamente. Em Coimbra, Paulo Seco, presidente da distrital, assumirá a liderança da lista, enquanto João Aleixo será o candidato em Portalegre. Além disso, em Évora, o deputado Jorge Galveias substituirá Diva Ribeiro como cabeça de lista.

André Ventura, ao justificar as mudanças, afirmou que é necessário que os presidentes dos partidos tomem decisões difíceis em função do trabalho realizado e dos resultados esperados. Questionado sobre a saída de Henrique de Freitas, Ventura esclareceu que não se trata de descontentamento com o trabalho do deputado, mas sim de uma escolha estratégica para o futuro do partido. "Entendo que há um perfil mais indicado para os próximos quatro anos", disse Ventura, referindo-se a João Aleixo.

O Chega, fundado em 2019, tem como ambição consolidar a sua presença no panorama político português, especialmente nas regiões do sul, centro e norte do país. Ventura expressou a confiança de que, independentemente do resultado das eleições, o partido fará tudo para garantir um governo de direita que afaste o PS do poder. "Todas as sondagens indicam que o PSD e o Chega terão uma maioria nestas eleições", afirmou, destacando a importância de um entendimento claro entre os partidos de direita.

Além disso, Ventura não descartou a possibilidade de um entendimento pós-eleitoral com o PSD, mas sublinhou que isso dependerá da capacidade do partido liderado por Luís Montenegro em esclarecer questões relacionadas com a sua gestão e património. "O Chega não faz acordos com suspeitos de corrupção ou com quem não consiga dar explicações claras", reforçou.

Com estas mudanças, o Chega prepara-se para enfrentar as suas quartas eleições legislativas, onde espera não apenas manter, mas também aumentar a sua representação no Parlamento, que atualmente conta com 50 deputados.