O Ministério Público de Istambul anunciou hoje que não existem fundamentos para abrir um processo criminal contra José Mourinho, treinador do Fenerbahçe, após uma queixa apresentada pelo Galatasaray que o acusava de racismo. A queixa surgiu após o clássico entre os dois clubes, realizado a 24 de fevereiro, que terminou em um empate sem golos. Durante a análise do jogo, Mourinho fez comentários controversos sobre os jogadores suplentes do Galatasaray, referindo-se a eles como "saltando como macacos", o que levou o rival a apresentar uma queixa formal.
Em comunicado oficial, o Fenerbahçe informou que o Ministério Público decidiu que "nenhum crime ocorreu e que não havia necessidade de processo". A decisão foi recebida com alívio pelo clube e pelo técnico português, que, aos 62 anos, já se viu envolvido em várias polémicas ao longo da sua carreira. O Fenerbahçe também revelou que Mourinho havia processado o Galatasaray por "danos morais", exigindo uma compensação de 50 mil euros.
Além disso, Mourinho já havia sido punido com uma suspensão de dois jogos, que foi posteriormente reduzida pela federação turca, e uma multa que inicialmente era de 1,5 milhões de liras turcas, cerca de 39,5 mil euros. O valor da multa foi ajustado, e o treinador também enfrentou uma penalização adicional de 117 mil liras (aproximadamente três mil euros) pela primeira infração.
A situação entre os dois clubes continua tensa, com uma troca de comunicados acalorados. O Galatasaray, por sua vez, não poupou críticas ao treinador do Fenerbahçe, enquanto este se defende, alegando que a queixa foi um ataque aos seus direitos pessoais. A rivalidade entre os dois gigantes do futebol turco promete continuar a alimentar as manchetes, especialmente com Mourinho já envolvido em outra controvérsia, onde foi acusado de comportamento impróprio ao apertar o nariz do treinador do Galatasaray, Okan Buruk, após uma partida da Taça da Turquia.
A decisão do Ministério Público de Istambul encerra, pelo menos por agora, um capítulo conturbado na carreira de Mourinho na Turquia, mas a tensão entre os clubes e a possibilidade de novas disputas legais ainda estão no horizonte.
Resumo
O Ministério Público de Istambul anunciou que não existem fundamentos para abrir um processo criminal contra José Mourinho, treinador do Fenerbahçe, após uma queixa de racismo apresentada pelo Galatasaray. A queixa surgiu após o clássico entre os dois clubes, realizado a 24 de fevereiro, onde Mourinho fez comentários controversos sobre os jogadores suplentes do Galatasaray. O Fenerbahçe informou que a decisão do Ministério Público foi de que "nenhum crime ocorreu". Além disso, Mourinho processou o Galatasaray por "danos morais", exigindo 50 mil euros. O treinador já havia sido punido com uma suspensão de dois jogos e uma multa que foi ajustada. A rivalidade entre os clubes continua intensa, com críticas mútuas e a possibilidade de novas disputas legais no futuro. A decisão do Ministério Público encerra, por ora, um capítulo conturbado na carreira de Mourinho na Turquia.