O centro de Nova Iorque foi palco, este sábado, de uma massiva manifestação que reuniu milhares de pessoas, de todas as idades, em protesto contra as políticas do presidente norte-americano, Donald Trump, e do bilionário Elon Musk. Os manifestantes, que se opõem ao que consideram uma deriva autoritária, ergueram cartazes com mensagens como "A democracia não está à venda" e "Tirem as mãos da nossa Educação", refletindo a preocupação com o futuro democrático do país.
A marcha, que se iniciou no Bryant Park e seguiu até ao Madison Square Park, foi marcada por um clima de união e determinação. Entre os participantes, muitos eram idosos que, com a esperança de um futuro melhor, se juntaram a jovens e crianças. "É tão importante estarmos aqui todos juntos. Estou muito preocupada com o futuro deste país", afirmou uma septuagenária residente em Brooklyn, que expressou a sua indignação sobre a influência de Musk no governo, questionando a sua presença à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE).
Este protesto em Nova Iorque foi parte de uma mobilização nacional que incluiu mais de 1.200 manifestações em todos os 50 estados dos EUA, organizadas por mais de 150 grupos, incluindo sindicatos e organizações de direitos civis. Os manifestantes criticaram as políticas de Trump, que incluem despedimentos em massa de funcionários federais, cortes em serviços públicos e a deportação de imigrantes. A administração Trump tem sido acusada de desmantelar instituições fundamentais, como a Administração da Segurança Social e a USAID, e de atacar os direitos humanos, especialmente os direitos da comunidade LGBTQ+.
No National Mall, em Washington DC, milhares de pessoas também se reuniram, segurando cartazes que denunciavam a "chegada do fascismo" e exigindo a proteção dos serviços sociais. Paul Osadebe, advogado e representante sindical, criticou a administração por não valorizar o trabalho dos funcionários públicos, afirmando que "os bilionários e os oligarcas não valorizam nada além do lucro e do poder".
Além dos protestos nos EUA, manifestações ocorreram em várias cidades ao redor do mundo, incluindo Lisboa, onde cerca de 700 norte-americanos residentes em Portugal se reuniram na Praça do Comércio. Os manifestantes, organizados por um grupo de ativistas, expressaram o seu repúdio pelas políticas de Trump, afirmando que "sabemos o que é o fascismo e é o que está a acontecer" nos Estados Unidos.
A Casa Branca, em resposta aos protestos, reiterou que a posição de Trump é proteger a Segurança Social e outros programas sociais, enquanto os críticos argumentam que as suas políticas estão a levar o país a um caminho perigoso. Com a aproximação das eleições, a mobilização dos cidadãos parece estar a crescer, refletindo um descontentamento generalizado com a administração atual e um apelo à defesa da democracia.
Resumo
No passado sábado, Nova Iorque foi o cenário de uma massiva manifestação contra as políticas do presidente Donald Trump e do bilionário Elon Musk, reunindo milhares de pessoas de diversas idades. Os manifestantes expressaram preocupações sobre a deriva autoritária, com cartazes que proclamavam "A democracia não está à venda" e "Tirem as mãos da nossa Educação". A marcha, que começou no Bryant Park e terminou no Madison Square Park, destacou a união entre gerações, com muitos idosos a juntarem-se a jovens e crianças. Este protesto fez parte de uma mobilização nacional que incluiu mais de 1.200 manifestações em todos os 50 estados dos EUA, organizadas por mais de 150 grupos, incluindo sindicatos e organizações de direitos civis. Críticas foram direcionadas às políticas de Trump, que incluem cortes em serviços públicos e deportações, além de um ataque aos direitos humanos, especialmente da comunidade LGBTQ+. Manifestações semelhantes ocorreram em várias cidades do mundo, incluindo Lisboa, onde cerca de 700 norte-americanos se reuniram na Praça do Comércio. A Casa Branca defendeu as políticas de Trump, enquanto os críticos alertam para um caminho perigoso para a democracia.