Os Houthis do Iémen informaram, neste domingo, que ataques aéreos, supostamente realizados pelos Estados Unidos, resultaram na morte de pelo menos duas pessoas e ferimentos em outras quatro na cidade de Saada. As imagens divulgadas pela emissora al-Masirah, que é controlada pelos rebeldes apoiados pelo Irão, mostram a destruição de um edifício de dois andares, identificado como uma loja de painéis solares. Este ataque faz parte de uma intensa campanha de bombardeios no Iémen, que, segundo os Houthis, já causou a morte de pelo menos 69 pessoas, em resposta aos ataques dos rebeldes a navios no Médio Oriente, em meio à escalada do conflito entre Israel e o Hamas.
No sábado, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou um vídeo nas redes sociais mostrando um drone a atingir um grupo de pessoas reunidas. Trump afirmou que os Houthis estavam a receber instruções para um ataque, acrescentando que "não haverá ataque destes Houthis! Nunca mais afundarão os nossos navios!". A Casa Branca confirmou que mais de 200 ataques foram realizados até agora contra os Houthis.
A agência de notícias SABA, que é controlada pelos rebeldes, citou uma fonte anónima afirmando que o vídeo de Trump retratava um ataque a uma "visita social de Eid na província de Hodeida". Recentemente, os muçulmanos em todo o mundo celebraram o Eid al-Fitr, um festival que marca o fim do mês sagrado do Ramadão. A SABA destacou que os presentes no evento não tinham qualquer ligação com as operações dos Houthis, e que o ataque resultou em várias mortes e ferimentos.
Yahya Sari, porta-voz militar dos Houthis, assumiu a responsabilidade por um ataque recente ao porta-aviões Harry S. Truman no Mar Vermelho, apenas um dia após outro ataque contra a mesma embarcação. Sari relatou que forças de mísseis, a força aérea, sistemas de drones e forças navais estiveram envolvidos em confrontos com navios de guerra no norte do Mar Vermelho, incluindo o porta-aviões norte-americano, utilizando mísseis de cruzeiro e drones. Ele também mencionou que um navio de apoio ao porta-aviões foi atingido por um míssil balístico durante a operação.
O porta-voz dos Houthis elogiou o ataque como um sinal de que o movimento está a "aproveitar todas as oportunidades para conquistar o povo palestiniano oprimido, cumprindo os seus deveres religiosos, morais e humanos". Sari afirmou que as operações militares e defensivas continuarão até que a agressão em Gaza seja interrompida.
Desde novembro de 2023, os Houthis intensificaram suas operações contra a navegação comercial no Mar Vermelho, visando prejudicar economicamente Israel em retaliação à guerra na Faixa de Gaza, enquanto realizam ataques diretos contra o território israelita. As ações dos Houthis nesta região vital para a navegação comercial resultaram no início de campanhas de bombardeamento no Iémen por parte dos Estados Unidos e do Reino Unido.
Resumo
Os Houthis do Iémen relataram que ataques aéreos, supostamente realizados pelos Estados Unidos, resultaram na morte de pelo menos duas pessoas e ferimentos em quatro na cidade de Saada. As imagens divulgadas pela emissora al-Masirah mostram a destruição de um edifício, identificado como uma loja de painéis solares. Este ataque faz parte de uma campanha de bombardeios que, segundo os Houthis, já causou a morte de 69 pessoas, em resposta a ataques dos rebeldes a navios no Médio Oriente, no contexto da escalada do conflito entre Israel e o Hamas. O Presidente dos EUA, Donald Trump, publicou um vídeo mostrando um drone a atingir um grupo de pessoas, afirmando que os Houthis estavam a preparar um ataque. A Casa Branca confirmou mais de 200 ataques contra os Houthis. Yahya Sari, porta-voz dos Houthis, reivindicou um ataque ao porta-aviões Harry S. Truman e afirmou que as operações militares continuarão até que a agressão em Gaza cesse. Desde novembro de 2023, os Houthis intensificaram operações no Mar Vermelho, visando prejudicar Israel em retaliação à guerra na Faixa de Gaza, o que levou a bombardeamentos por parte dos EUA e do Reino Unido.