Tempestades nos EUA causam 17 mortes e destruição em vários estados

Intensas chuvas e tornados provocam tragédias e inundações em estados como Tennessee e Arkansas.

há 4 dias
Tempestades nos EUA causam 17 mortes e destruição em vários estados

© SAPO

Resumo

Desde quarta-feira, intensas tempestades têm afetado o centro e o sul dos Estados Unidos, resultando na morte de pelo menos 17 pessoas, conforme as autoridades locais. O estado do Tennessee foi o mais atingido, com várias fatalidades, incluindo um caso trágico de um homem e sua filha de 16 anos, que faleceram após um tornado destruir a sua casa. No Kentucky, um menino de nove anos e um homem de 74 anos também perderam a vida devido a inundações severas. Em Arkansas, um menino de cinco anos foi a primeira vítima mortal do estado durante esta onda de mau tempo, que também causou destruição em bairros inteiros. O Missouri registou a morte de um homem de 57 anos, e um jovem bombeiro de 16 anos faleceu enquanto tentava realizar um resgate aquático. O Serviço Meteorológico Nacional (NWS) emitiu alertas de chuvas intensas e prevê um elevado risco de cheias, com a possibilidade de novas tempestades e tornados. Esta situação agrava-se num contexto de escassez de pessoal no NWS, com 20% dos cargos por preencher, um aumento significativo em relação a uma década atrás.

Pelo menos 17 pessoas perderam a vida nas intensas tempestades que têm assolado o centro e o sul dos Estados Unidos desde quarta-feira, conforme um balanço atualizado das autoridades locais, divulgado neste domingo. As condições climáticas adversas têm gerado não apenas tragédias humanas, mas também destruição em larga escala, com inundações severas e tornados devastadores.

O estado do Tennessee foi o mais afetado, registando a maior parte das fatalidades, incluindo um caso trágico onde um homem e a sua filha de 16 anos faleceram após um tornado ter arrasado a sua residência. No Kentucky, as inundações também cobraram vidas, com um menino de nove anos que foi arrastado pelas águas enquanto se dirigia para a escola e um homem de 74 anos que ficou preso dentro do seu carro submerso. As autoridades locais emitiram ordens de evacuação obrigatória em Falmouth, uma pequena cidade de cerca de dois mil habitantes, situada nas proximidades do rio Licking, que está a transbordar. Este cenário de inundações recorda eventos trágicos de há quase 30 anos, quando o rio atingiu um nível alarmante de 15 metros, resultando em cinco mortes e a destruição de mil casas.

No Arkansas, as inundações severas também causaram estragos significativos. O secretário de Segurança Pública do estado, Mike Hagar, confirmou a morte de um menino de cinco anos em Little Rock, que se tornou a primeira vítima mortal do estado durante esta onda de mau tempo. O Arkansas já havia sofrido com tornados no início da semana, que devastaram bairros inteiros e resultaram em pelo menos sete mortes.

No Missouri, um homem de 57 anos morreu quando o seu veículo foi arrastado numa autoestrada inundada. Segundo a Patrulha Rodoviária do Missouri, o condutor saiu do carro e acabou por “sucumbir à água”. Em Beaufort, no condado de Franklin, um jovem bombeiro voluntário de 16 anos perdeu a vida enquanto tentava realizar um resgate aquático, apenas dias após a morte de outro bombeiro que também estava a ajudar um condutor preso nas águas.

O Serviço Meteorológico Nacional (NWS) dos Estados Unidos emitiu alertas de chuvas intensas para várias regiões, incluindo partes do Mississípi, Ohio e Tennessee, prevendo um elevado risco de cheias. A agência advertiu que inundações “súbitas e severas” são esperadas, com os níveis de alguns rios a continuarem a subir nos próximos dias, colocando em risco a segurança dos residentes e das suas propriedades. Além disso, o NWS alertou para a possibilidade de novas tempestades, incluindo a ameaça de tornados e granizo.

Este aumento na frequência e intensidade das tempestades ocorre num contexto em que quase metade dos escritórios do NWS enfrenta uma escassez de pessoal, com pelo menos 20% dos cargos por preencher, um número que dobrou em relação a uma década atrás, após cortes implementados pela administração do presidente Donald Trump.