Os debates televisivos para as eleições legislativas antecipadas de 18 de maio têm início hoje, marcando o arranque de uma série de confrontos entre os líderes dos principais partidos políticos em Portugal. O primeiro debate, que terá lugar na TVI, coloca frente a frente Luís Montenegro, líder da Aliança Democrática (AD) e primeiro-ministro, e Paulo Raimundo, secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP). Este confronto está agendado para as 21h00, seguido por um debate entre André Ventura, do Chega, e Inês Sousa Real, do PAN, que se inicia uma hora mais tarde, às 22h00, na RTP3.
Estes debates são apenas o início de um extenso ciclo de 27 confrontos que se estenderá até 28 de abril, culminando com um debate entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, secretário-geral do Partido Socialista (PS), que terá uma duração de 75 minutos e será transmitido simultaneamente pelos três principais canais de televisão: RTP, SIC e TVI. A organização dos debates não está isenta de controvérsias, especialmente em relação à decisão da coligação PSD/CDS-PP de que Montenegro não participará nos debates com o Bloco de Esquerda (BE), Livre e PAN. Em vez disso, a AD será representada por Nuno Melo, presidente do CDS-PP, que elegeu dois deputados na coligação pré-eleitoral.
A polémica gerou reações, com o Livre a apresentar queixa na Comissão Nacional de Eleições e na Entidade Reguladora para a Comunicação Social, argumentando que o modelo de debates viola o princípio da igualdade entre as candidaturas. O BE, por sua vez, anunciou que se fará representar no debate com Nuno Melo, reiterando a disponibilidade da sua coordenadora, Mariana Mortágua, para debater com Montenegro.
Além dos debates programados, o partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) interpôs uma providência cautelar no Tribunal Cível de Lisboa, exigindo a sua inclusão nos debates, alegando falta de igualdade de tratamento. Todos os debates terão uma duração de 30 minutos, exceto o último, que será mais longo, refletindo a importância que estes confrontos têm na formação da opinião pública e na decisão dos eleitores.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já expressou a sua convicção de que os debates televisivos podem ser decisivos nas próximas eleições. De acordo com uma análise da Universal McCann, os debates anteriores às legislativas de março de 2022 mostraram uma diminuição das audiências em comparação com anos anteriores, embora os debates informativos tenham visto um aumento no interesse. O debate mais assistido foi o que envolveu Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, que atraiu mais de 2,6 milhões de telespectadores, refletindo a relevância destes eventos na política portuguesa.
Resumo
Os debates televisivos para as eleições legislativas antecipadas de 18 de maio começam hoje, com o primeiro confronto entre Luís Montenegro, líder da Aliança Democrática (AD), e Paulo Raimundo, do Partido Comunista Português (PCP), agendado para as 21h00 na TVI. Segue-se um debate entre André Ventura, do Chega, e Inês Sousa Real, do PAN, às 22h00 na RTP3. Este ciclo de 27 debates culminará com um confronto entre Montenegro e Pedro Nuno Santos, do Partido Socialista (PS), a ser transmitido simultaneamente pelos principais canais de televisão. A organização dos debates gerou controvérsia, especialmente pela decisão da coligação PSD/CDS-PP de não permitir a participação de Montenegro em debates com o Bloco de Esquerda (BE), Livre e PAN, levando o Livre a apresentar queixa na Comissão Nacional de Eleições. O partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) também interpôs uma providência cautelar para ser incluído nos debates. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, acredita que os debates podem ser decisivos nas eleições, embora análises anteriores indiquem uma diminuição das audiências em comparação com anos anteriores, apesar do aumento do interesse por debates informativos.