Novos detalhes no julgamento da Operação Pretoriano no Porto

Revelações sobre buscas e apreensões no caso de Fernando Madureira marcam a sétima sessão do julgamento.

há 3 dias
Novos detalhes no julgamento da Operação Pretoriano no Porto

© Carlos Carneiro

Resumo

Durante a sétima sessão do julgamento da Operação Pretoriano, no Tribunal de São João Novo, no Porto, foram revelados novos detalhes sobre as buscas na residência de Fernando e Sandra Madureira. A Polícia de Segurança Pública (PSP) apreendeu 31.550 euros em um saco de papel e 620 euros em um móvel, levantando questões sobre a origem dos fundos. O agente Rui Costa, que liderou a operação, relatou que a entrada na casa foi feita por uma equipa tática, resultando em danos na porta. O julgamento, que começou em março, envolve 12 arguidos, com Fernando Madureira em prisão preventiva, enfrentando acusações de coação, ameaças e ofensas à integridade física, ligadas a uma Assembleia Geral do FC Porto. Sandra Madureira pediu para se ausentar das audiências para uma peregrinação a Fátima, o que foi aceito pelo juiz. O clima no tribunal é tenso, com testemunhas expressando receios sobre a sua segurança. O tribunal retoma as audiências na próxima terça-feira, com expectativa sobre os desdobramentos do caso.

Durante a sétima sessão do julgamento da Operação Pretoriano, que decorre no Tribunal de São João Novo, no Porto, novos detalhes sobre as buscas realizadas na residência de Fernando e Sandra Madureira foram revelados. Os agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) que participaram na operação, realizada em janeiro de 2024, apresentaram provas contundentes sobre a apreensão de quantias significativas de dinheiro, que levantam questões sobre a origem dos fundos.

O agente Rui Costa, que liderou as buscas no quarto do casal, relatou que, ao entrar na residência, encontrou Fernando e Sandra ainda na cama. Durante a operação, foram apreendidos um telemóvel e um saco de papel que continha 31.550 euros, além de 620 euros encontrados num móvel da sala. O agente destacou que a entrada na casa foi feita por uma equipa tática, que arrombou a porta, resultando em danos na entrada.

Além das apreensões financeiras, o tribunal também ouviu relatos sobre as buscas a outras residências ligadas a indivíduos associados ao caso. Um dos agentes mencionou que, na casa de Vítor 'Catão', foi confiscado apenas um telemóvel, enquanto em casa de Hugo Carneiro 'Polaco', foram encontrados mil euros em notas de 20, além de vestuário que se acredita ter sido utilizado durante uma Assembleia Geral do FC Porto em novembro de 2023.

O julgamento, que começou em março, envolve um total de 12 arguidos, incluindo Fernando Madureira, que é o único a permanecer em prisão preventiva. Os crimes imputados aos arguidos incluem coação, ameaças, ofensas à integridade física e atentados à liberdade de informação, todos relacionados com a referida Assembleia Geral.

Durante a sessão, Sandra Madureira solicitou a dispensa de comparecimento nas audiências programadas para os dias 8 e 9 de maio, para poder participar numa peregrinação a Fátima, pedido que foi aceito pelo juiz. O clima no tribunal tem sido tenso, com testemunhas expressando receios sobre a sua segurança, o que reflete a gravidade das acusações e o ambiente de intimidação que rodeia o caso.

À medida que o julgamento avança, a expectativa aumenta sobre os desdobramentos da Operação Pretoriano e as implicações que poderá ter para os arguidos e para a comunidade desportiva em Portugal. O tribunal retoma as audiências na próxima terça-feira, onde se espera que mais testemunhas sejam ouvidas, num processo que já se arrasta por mais de um mês.