O setor industrial das algas em Portugal tem demonstrado um crescimento notável, com um total de 47 empresas operando no país, cada uma com uma capacidade produtiva anual que varia entre duas e 100 toneladas de peso seco. A maioria da produção, que ultrapassa os 90%, é destinada à exportação, conforme revelou a PROALGA, a Associação Portuguesa dos Produtores de Algas, em declarações à Lusa.
Atualmente, o setor é composto por 21 empresas focadas nas macroalgas, que incluem atividades como cultivo, colheita, transformação e aplicações, e 26 empresas dedicadas às microalgas, abrangendo desde o cultivo até a consultoria e comercialização. A PROALGA destacou que, apesar do potencial do mercado, existem desafios significativos no que diz respeito à literacia alimentar e à falta de incentivos para a inclusão das algas na dieta dos consumidores portugueses.
As algas produzidas em Portugal são amplamente utilizadas em diversas áreas, incluindo alimentação humana, suplementação e saúde, cosmética, agricultura, alimentação animal e biotecnologia azul. Segundo dados da Dun & Bradstreet, analisados pela PROALGA, as empresas associadas reportaram uma faturação de 9,2 milhões de euros em 2023, considerando tanto as atividades principais como as secundárias.
Desde 2017, quando se iniciou o cultivo de macroalgas em Portugal, o setor tem registado um aumento contínuo, complementando décadas de produção de microalgas, que remonta a 1991. A tendência é de uma expansão significativa nos próximos anos, impulsionada por investimentos em inovação, sustentabilidade e biotecnologia.
Entre os principais players do setor estão empresas como a Allmicroalgae, localizada em Pataias, a Necton em Olhão, a ALGAplus em Ílhavo, a Green Aqua Póvoa em Póvoa de Santa Iria e a Iberagar em Barreiro. Além disso, Portugal conta com uma variedade de produtores artesanais especializados em Spirulina, como a Tomar Natural, Spirulina da Terra, 5essentia Spirulina Azores e Spiralgae, que contribuem para a diversidade e riqueza do setor.
À medida que o interesse por produtos sustentáveis e saudáveis cresce, as algas podem desempenhar um papel crucial na alimentação do futuro, tanto a nível nacional como internacional.
Resumo
O setor industrial das algas em Portugal apresenta um crescimento significativo, com 47 empresas a produzir entre duas e 100 toneladas de algas secas anualmente. A PROALGA, Associação Portuguesa dos Produtores de Algas, revelou que mais de 90% da produção é destinada à exportação. O setor é dividido em 21 empresas focadas em macroalgas e 26 em microalgas, abrangendo atividades desde cultivo até comercialização. Apesar do potencial, existem desafios como a literacia alimentar e a falta de incentivos para a inclusão das algas na dieta dos portugueses. As algas têm aplicações variadas, incluindo alimentação, saúde e biotecnologia, com uma faturação reportada de 9,2 milhões de euros em 2023. Desde 2017, o cultivo de macroalgas tem crescido, complementando a produção de microalgas iniciada em 1991. A tendência é de expansão, impulsionada por inovações e sustentabilidade, com empresas como Allmicroalgae e Necton a liderar o setor. O aumento do interesse por produtos sustentáveis sugere que as algas poderão ser fundamentais na alimentação do futuro.