Quedas acentuadas nas bolsas europeias devido à guerra comercial

Os índices financeiros europeus enfrentam quedas acentuadas com a intensificação da guerra comercial entre EUA e China.

há 3 dias
Quedas acentuadas nas bolsas europeias devido à guerra comercial

© Daniel Roland / AFP

Resumo

As principais praças financeiras da Europa enfrentaram uma manhã tumultuada, com quedas acentuadas nos índices devido à crescente preocupação dos investidores em relação à guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. A bolsa de Lisboa registou uma descida de 5,26% no índice PSI, fixando-se nos 6.286,68 pontos. A inflexibilidade do presidente norte-americano, Donald Trump, que anunciou novas tarifas sobre produtos importados, intensificou as tensões comerciais. Os mercados asiáticos também apresentaram um desempenho negativo, com o índice Hang Seng de Hong Kong a cair 10,7%. Apesar de um relatório positivo sobre o mercado de trabalho nos EUA, as bolsas continuaram a descer, refletindo a incerteza económica. No mercado de petróleo, o barril de Brent caiu 2,83%. A decisão da China de retaliar com tarifas sobre produtos americanos, a entrar em vigor a 10 de abril, acentuou as preocupações dos investidores. Com a volatilidade a aumentar, muitos estão a procurar ativos de refúgio, como o euro e o iene japonês, que se valorizaram face ao dólar. A situação nos mercados continua a ser monitorada de perto, com analistas a preverem que as quedas poderão persistir até que haja sinais claros de desescalada nas tensões comerciais.

As principais praças financeiras da Europa enfrentaram uma manhã tumultuada, com quedas acentuadas nos índices, refletindo a crescente preocupação dos investidores em relação à guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. A bolsa de Lisboa não foi exceção, com o índice PSI (Portuguese Stock Index) a descer 5,26%, fixando-se nos 6.286,68 pontos. Este cenário de incerteza foi amplificado pela inflexibilidade do presidente norte-americano, Donald Trump, que anunciou novas tarifas sobre produtos importados, intensificando as tensões comerciais.

Os mercados asiáticos já tinham dado o tom negativo, com o índice Hang Seng de Hong Kong a registar uma queda de 10,7% durante a sessão, enquanto o Nikkei 225 do Japão e o Kospi da Coreia do Sul também sofreram perdas significativas. A resposta da China às tarifas impostas pelos EUA, que incluem uma taxa de 34% sobre as importações americanas, provocou uma onda de vendas nos mercados globais. A escalada da guerra comercial, que já se arrasta há meses, está a gerar receios de uma possível recessão económica mundial.

Apesar de um relatório positivo sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, que normalmente impulsionaria a confiança dos investidores, as bolsas continuaram a descer. A retórica de Trump, que afirmou que as tarifas trariam um crescimento sem precedentes, não conseguiu acalmar os ânimos. O presidente reiterou a sua intenção de eliminar o défice comercial com a China, que considera insustentável, e exigiu reparações financeiras da Europa, onde as tarifas sobre produtos norte-americanos são, segundo ele, excessivas.

No mercado de petróleo, o barril de Brent para entrega em junho caiu 2,83%, refletindo o impacto das tarifas e a incerteza que paira sobre a economia global. A decisão de Pequim de retaliar com tarifas sobre produtos americanos, a entrar em vigor a 10 de abril, acentuou ainda mais as preocupações dos investidores.

Com a volatilidade a aumentar, muitos investidores estão a procurar ativos de refúgio, como o euro e o iene japonês, que se valorizaram face ao dólar. O rendimento das obrigações do Tesouro dos EUA também caiu, indicando uma procura crescente por segurança em tempos de incerteza. A situação nos mercados continua a ser monitorada de perto, com analistas a preverem que as quedas poderão persistir até que haja sinais claros de uma desescalada nas tensões comerciais.