Guterres alerta para bombardeamentos russos na Ucrânia

António Guterres condena ataques a civis na Ucrânia e pede cessar-fogo urgente.

há 2 dias
Guterres alerta para bombardeamentos russos na Ucrânia

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Resumo

O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou alarmismo face aos bombardeamentos russos na Ucrânia, reiterando que ataques a civis são proibidos pelo direito internacional humanitário. O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, destacou os recentes ataques em Kharkiv, Kherson, Dnipro e o devastador ataque em Kryvyi Rih, que resultou na morte de 20 pessoas, incluindo nove crianças. A Ucrânia solicitou uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para responsabilizar a Rússia e promover esforços de paz. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andrii Sybiga, descreveu o ataque em Kryvyi Rih como uma atrocidade inaceitável, enquanto a Rússia nega atacar alvos civis, afirmando que suas operações visam apenas alvos militares. A situação na Ucrânia continua a deteriorar-se, com um aumento nos ataques russos, incluindo mísseis e drones em Kiev, gerando destruição e pânico entre a população. O presidente dos EUA, Donald Trump, manifestou frustração com a falta de progresso nas negociações de paz.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, expressou hoje o seu "profundo alarmismo" face ao contínuo bombardeamento russo de cidades ucranianas, reiterando que os ataques a civis são estritamente proibidos pelo direito internacional humanitário. Durante uma conferência de imprensa em Nova Iorque, o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, destacou os recentes ataques em Kharkiv, Kherson e Dnipro, além do devastador ataque em Kryvyi Rih, que resultou na morte de 20 pessoas, incluindo nove crianças.

Dujarric enfatizou a urgência de um cessar-fogo duradouro e a necessidade de um compromisso significativo para alcançar uma paz justa e abrangente que respeite a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, conforme estipulado na Carta da ONU e nas resoluções pertinentes das Nações Unidas. Após o ataque em Kryvyi Rih, a ONU, em colaboração com socorristas locais e a Cruz Vermelha Ucraniana, prestou assistência imediata, incluindo primeiros socorros e apoio psicológico às vítimas.

Em resposta ao ataque, a Ucrânia solicitou uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU, conforme anunciado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Andrii Sybiga. O ministro sublinhou que as reuniões visam responsabilizar a Rússia e contribuir para os esforços de paz. Sybiga recordou que o ataque em Kryvyi Rih, que atingiu uma zona residencial, resultou no maior número de crianças mortas em um único ataque desde 2022, o que ele descreveu como uma atrocidade inaceitável.

A Rússia, por sua vez, negou as acusações de que estaria a atacar alvos civis, afirmando que as suas operações visam exclusivamente alvos militares. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, reiterou que os ataques não têm como alvo infraestruturas sociais, uma afirmação que foi prontamente contestada pelas autoridades ucranianas. O ataque em Kryvyi Rih, que atingiu parques infantis, foi descrito como um ato de terror que não deve ser normalizado, com Sybiga a exigir uma condenação internacional firme e uma ação decisiva para pôr fim aos ataques.

A situação na Ucrânia continua a deteriorar-se, com a ofensiva militar russa, iniciada em 24 de fevereiro de 2022, a ser considerada a crise de segurança mais grave na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Enquanto isso, as autoridades ucranianas relatam um aumento nos ataques russos, com a capital, Kiev, a ser alvo de mísseis e drones nas últimas horas, resultando em destruição e pânico entre a população. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também se manifestou contra os bombardeamentos, expressando a sua frustração com a falta de progresso nas negociações de paz e a postura de Putin.