O novo governo da Alemanha será oficialmente apresentado hoje às 15h00 locais (14h00 em Lisboa), após um acordo histórico entre os partidos conservador e de centro-esquerda. O líder da União Democrata Cristã (CDU), Friedrich Merz, deverá ser nomeado chanceler pelo parlamento em maio, sucedendo Olaf Scholz, que deixa o cargo após um mandato conturbado.
Este acordo, que levou várias semanas de intensas negociações, surge após as eleições de 23 de fevereiro, onde o bloco conservador, composto pela CDU e pela União Social Cristã (CSU), obteve 28,6% dos votos, superando a Alternativa para a Alemanha (AfD), que alcançou 20,8%. O Partido Social-Democrata (SPD), de Scholz, ficou em terceiro lugar com 16,4% dos votos. A CDU/CSU, ao formar uma coligação com o SPD, busca garantir uma maioria parlamentar em um momento crítico para a economia alemã.
A urgência das negociações foi exacerbada pela recente decisão do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas internacionais que afetam os países da União Europeia (UE), elevando-as a 20%. A Alemanha, a maior economia da UE e a terceira do mundo, enfrenta uma recessão que dura já dois anos, com o Produto Interno Bruto (PIB) a contrair 0,3% em 2023 e 0,2% em 2024. Este cenário econômico desafiador pressionou os líderes a chegarem a um consenso rapidamente.
De acordo com fontes próximas às negociações, o acordo de coligação será detalhado numa conferência de imprensa programada para esta quarta-feira. Os líderes envolvidos, incluindo Merz e o chefe do executivo da Baviera, Markus Söder, estão determinados a apresentar um plano que inclua medidas para estimular a economia, como a redução de impostos e a diminuição da burocracia.
As sondagens recentes indicam que a CDU/CSU está empatada em intenções de voto com a AfD, o que torna a formação deste novo governo ainda mais crucial. A pressão para que os conservadores apresentem resultados concretos é palpável, especialmente numa altura em que a confiança do eleitorado está em jogo.
O acordo, que promete ser um "acordo fundamental" para a coligação governamental, é visto como uma resposta necessária às dificuldades económicas e políticas que a Alemanha enfrenta atualmente. A expectativa é que os detalhes finais sejam revelados ainda hoje, marcando o início de uma nova era política no país.
Resumo
O novo governo da Alemanha será oficialmente apresentado após um acordo histórico entre os partidos conservador e de centro-esquerda. O líder da União Democrata Cristã (CDU), Friedrich Merz, deverá ser nomeado chanceler em maio, sucedendo Olaf Scholz. Este acordo surge após as eleições de 23 de fevereiro, onde o bloco conservador obteve 28,6% dos votos, superando a Alternativa para a Alemanha (AfD) com 20,8%, enquanto o Partido Social-Democrata (SPD) ficou em terceiro com 16,4%. A CDU/CSU, ao coligar-se com o SPD, visa garantir uma maioria parlamentar em um momento crítico para a economia, que enfrenta uma recessão e a pressão de tarifas internacionais impostas pelos EUA. O acordo de coligação será detalhado numa conferência de imprensa, com promessas de medidas para estimular a economia, como redução de impostos e diminuição da burocracia. A CDU/CSU está empatada em intenções de voto com a AfD, tornando a formação deste governo crucial para restaurar a confiança do eleitorado. Este acordo é considerado fundamental para enfrentar as dificuldades económicas e políticas atuais da Alemanha.