A Meta, empresa-mãe do Instagram, anunciou uma série de novas medidas de segurança destinadas a proteger os utilizadores mais jovens nas suas plataformas. A partir de agora, os adolescentes com menos de 16 anos não poderão realizar transmissões em direto no Instagram, a menos que tenham a autorização dos pais. Esta decisão, que foi reportada pelo jornal britânico The Guardian, visa aumentar a supervisão parental e garantir uma experiência mais segura para os jovens utilizadores.
As novas regras, que serão implementadas na Europa nos próximos meses, seguem-se a uma fase inicial de aplicação no Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Austrália. A Meta revelou que estas alterações fazem parte de um esforço contínuo para responder às preocupações crescentes sobre o impacto das redes sociais na vida dos adolescentes. Além de restringir as transmissões ao vivo, os adolescentes também precisarão de autorização parental para desativar as proteções que desfocam imagens potencialmente inapropriadas nas mensagens diretas.
A empresa também está a expandir o seu programa de "Contas para Adolescentes", que foi introduzido no Instagram em setembro do ano passado, para incluir o Facebook e o Messenger. Este programa oferece proteções automáticas para os utilizadores com menos de 16 anos, como a definição de contas privadas por defeito e a limitação de mensagens de estranhos. A Meta afirmou que, desde o lançamento do programa, mais de 54 milhões de contas de adolescentes foram criadas, refletindo uma adesão significativa entre os jovens.
As novas medidas de segurança foram anunciadas em resposta a críticas de que a Meta não estava a fazer o suficiente para proteger os seus utilizadores mais jovens dos riscos associados às redes sociais. A empresa destacou que 97% dos adolescentes entre os 13 e os 15 anos mantêm as restrições padrão, e 94% dos pais nos Estados Unidos consideram estas contas úteis.
Com estas alterações, a Meta espera não apenas aumentar a segurança dos jovens, mas também proporcionar aos pais uma maior tranquilidade em relação à atividade online dos seus filhos. As "Contas para Adolescentes" no Facebook e no Messenger serão lançadas inicialmente nos mesmos países onde as restrições do Instagram estão a ser aplicadas, com a promessa de que os adolescentes menores de 16 anos precisarão de permissão dos pais para alterar as configurações de privacidade.
A Meta, juntamente com outras plataformas como o TikTok e o YouTube, enfrenta uma crescente pressão legal e social para abordar as preocupações sobre a segurança e o bem-estar dos jovens na internet. Em 2023, a empresa foi alvo de processos em vários estados dos EUA, acusada de enganar o público sobre os perigos associados ao uso das suas plataformas. Com estas novas medidas, a Meta parece estar a dar um passo importante na direção de uma maior responsabilidade e proteção para os seus utilizadores mais vulneráveis.
Resumo
A Meta, empresa-mãe do Instagram, anunciou novas medidas de segurança para proteger adolescentes nas suas plataformas, incluindo a proibição de transmissões em direto para utilizadores com menos de 16 anos sem autorização parental. Esta decisão, reportada pelo jornal britânico The Guardian, visa aumentar a supervisão parental e garantir uma experiência mais segura. As regras, que serão implementadas na Europa após uma fase inicial no Reino Unido, EUA, Canadá e Austrália, também exigem autorização dos pais para desativar proteções contra conteúdos inapropriados nas mensagens diretas. Além disso, a Meta está a expandir o programa de "Contas para Adolescentes" para incluir o Facebook e o Messenger, oferecendo proteções automáticas como contas privadas por defeito. A empresa enfrenta crescente pressão para melhorar a segurança dos jovens online, tendo sido alvo de processos nos EUA por alegações de engano sobre os riscos das suas plataformas. Com estas alterações, a Meta pretende aumentar a segurança dos jovens e proporcionar maior tranquilidade aos pais.