Nove indivíduos acusados de crimes graves, incluindo o rapto de duas crianças e agressões à avó e ao companheiro, iniciaram hoje o seu julgamento no Tribunal de São João Novo, no Porto. Os arguidos, que se encontram sob a acusação de diversos crimes, incluindo sequestro e ofensas à integridade física, afirmaram ser "completamente inocentes" e alegaram que foram identificados pelas vítimas motivados por "ódio e vingança".
Os acontecimentos em questão remontam ao dia 6 de fevereiro de 2024, quando, segundo a acusação, os arguidos, sob a liderança do ex-marido de uma das vítimas, orquestraram um plano para forçar a mulher a voltar a residir com ele, retirando-lhe os netos que estavam sob a sua guarda desde 2020. A acusação descreve uma cena de violência extrema, onde o homem foi agredido à porta de casa, ameaçado com armas de fogo e facas, e forçado a entrar no domicílio, onde a avó das crianças foi brutalmente atacada. A agressão culminou com o corte de cabelo da vítima, que foi posteriormente exibido nas redes sociais, em um vídeo onde a mãe das crianças, também arguida, admitiu ter agredido a sua própria mãe.
Durante a sessão de hoje, quatro dos arguidos prestaram depoimento, insistindo na sua inocência. Um deles, que se encontrava em prisão preventiva durante cerca de um ano e agora está sob vigilância eletrónica, afirmou que estava a trabalhar no momento dos acontecimentos e que as acusações arruinaram a sua vida. Outro arguido, que se descreveu como crente e cristão, também negou qualquer envolvimento, enquanto um terceiro expressou confusão sobre a sua identificação como suspeito.
O julgamento prossegue esta tarde com a audição da mãe das crianças, que inicialmente hesitou em prestar declarações. Este caso, que tem atraído a atenção da opinião pública, levanta questões sérias sobre a segurança das crianças e a violência familiar, refletindo uma realidade preocupante que afeta muitas famílias em Portugal.
Em paralelo, uma operação internacional de combate ao tráfico sexual de crianças resultou na detenção de 166 pessoas em vários países europeus, destacando a crescente preocupação com a exploração infantil online. Esta operação, que envolveu a Europol e autoridades de 12 países, resultou na apreensão de milhares de dispositivos eletrónicos e na identificação de conteúdos de abuso sexual, sublinhando a necessidade urgente de medidas eficazes para proteger os menores.
Resumo
Nove indivíduos estão a ser julgados no Tribunal de São João Novo, no Porto, por crimes graves, incluindo o rapto de duas crianças e agressões à avó e ao companheiro. Os arguidos, que se declaram inocentes, alegam que foram identificados por motivos de "ódio e vingança". Os eventos ocorreram a 6 de fevereiro de 2024, quando, sob a liderança do ex-marido de uma das vítimas, foi orquestrado um plano para forçar a mulher a voltar a residir com ele, resultando em violência extrema. A avó das crianças foi brutalmente atacada, e a agressão foi posteriormente exibida nas redes sociais. Durante o julgamento, alguns arguidos prestaram depoimento, negando envolvimento e afirmando que as acusações arruinaram as suas vidas. O caso levanta preocupações sobre a segurança das crianças e a violência familiar em Portugal. Em paralelo, uma operação internacional contra o tráfico sexual de crianças resultou na detenção de 166 pessoas em vários países europeus, evidenciando a crescente preocupação com a exploração infantil online.