UE impõe tarifas de 25% sobre produtos norte-americanos

Decisão da UE visa responder a tarifas dos EUA sobre aço e alumínio.

há aproximadamente 17 horas
UE impõe tarifas de 25% sobre produtos norte-americanos

© HECTOR RETAMAL/AFP via Getty Images

Resumo

A União Europeia (UE) aprovou tarifas de 25% sobre produtos norte-americanos, a serem implementadas a partir de 15 de abril, em resposta às tarifas impostas pelos EUA sobre aço e alumínio europeus. A decisão, que contou com o apoio de 26 dos 27 Estados-membros, gerou preocupações sobre as repercussões econômicas, levando o primeiro-ministro português a convocar uma reunião do Conselho de Ministros para discutir possíveis respostas. Em paralelo, a China anunciou uma taxa adicional de 50% sobre importações dos EUA, elevando a tarifa total para 84%, em retaliação às tarifas de 104% impostas pelo presidente Donald Trump sobre produtos chineses. A escalada das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo está a afetar diversos setores, com a Câmara de Comércio da UE na China a alertar para a necessidade de reavaliação das cadeias de abastecimento. A indústria automóvel em Portugal expressou preocupação com o impacto indireto das tarifas, destacando a importância de uma resposta estratégica para evitar uma guerra tarifária que possa prejudicar o crescimento econômico global.

A União Europeia (UE) decidiu, em uma votação que contou com a participação de todos os 27 Estados-membros, aplicar tarifas de 25% sobre produtos norte-americanos, uma medida que entra em vigor a partir de 15 de abril. Esta decisão surge como resposta às tarifas impostas pelos Estados Unidos ao aço e alumínio provenientes da Europa, uma ação que gerou preocupações sobre as repercussões econômicas em ambos os lados do Atlântico. Apenas a Hungria manifestou oposição à medida, enquanto os demais países apoiaram a iniciativa, que foi confirmada por fontes da UE.

O primeiro-ministro português expressou sua preocupação com o impacto que essas tarifas poderão ter na economia nacional e anunciou que o Conselho de Ministros se reunirá para discutir possíveis respostas. O governo está em diálogo constante com a Comissão Europeia e com associações empresariais dos setores mais afetados, buscando estratégias para mitigar os efeitos adversos das novas tarifas.

Enquanto isso, a China intensificou a sua própria retaliação, anunciando uma taxa adicional de 50% sobre as importações dos Estados Unidos, elevando a tarifa total para 84%. Esta decisão, que também entra em vigor na quinta-feira, é uma resposta direta às tarifas de 104% que o presidente Donald Trump impôs sobre produtos chineses. O governo chinês reafirmou sua determinação em proteger os direitos do seu povo e não hesitará em tomar medidas adicionais se necessário.

A situação atual reflete uma escalada nas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo, com ambos os lados adotando posturas firmes. A Câmara de Comércio da União Europeia na China alertou que as tarifas de 104% exigem uma reavaliação das cadeias de abastecimento e dos modelos de negócio, prevendo aumentos nos custos operacionais e, consequentemente, nos preços para os consumidores.

Os efeitos dessas tarifas já estão sendo sentidos em diversos setores, com representantes da indústria automóvel em Portugal destacando que, embora o país exporte apenas 1% da sua produção para os EUA, a economia poderá ser indiretamente penalizada se os principais motores da UE, como a Alemanha e a França, forem afetados. A necessidade de uma resposta estratégica e negociada é vista como crucial para evitar uma guerra tarifária que poderia prejudicar ainda mais o crescimento econômico global.

Com a situação em constante evolução, as próximas semanas serão decisivas para determinar como as economias europeia e chinesa responderão às ações dos Estados Unidos e quais medidas poderão ser implementadas para proteger os interesses comerciais e econômicos de seus países.