Os ataques aéreos na Ucrânia continuam a intensificar-se, com a Rússia a lançar ofensivas em várias regiões, mesmo diante de tentativas de mediação por parte dos Estados Unidos. Na quarta-feira, fontes locais relataram que pelo menos uma pessoa perdeu a vida e dezenas ficaram feridas em ataques russos, particularmente na região de Dnipro, onde 17 pessoas foram atingidas por um ataque com drones. O governador Serhii Lysak confirmou que o ataque causou danos significativos a casas, edifícios residenciais e automóveis, resultando em pelo menos oito feridos hospitalizados, embora a maioria se encontre em estado estável.
Além de Dnipro, a cidade de Kramatorsk, na região de Donetsk, também foi alvo de um ataque aéreo, onde três membros de uma mesma família, incluindo uma rapariga de apenas 11 anos, ficaram feridos. A cidade de Kharkiv sofreu um ataque maciço na noite de terça-feira, resultando na morte de uma pessoa e ferimentos em outras sete. O governador local, Oleh Syniehubov, relatou que drones Shahed provocaram pelo menos 15 explosões, atingindo empresas e instalações industriais.
O chefe do Exército ucraniano, Oleksandr Sirsky, alertou que as forças russas têm intensificado suas ofensivas nas regiões fronteiriças com a Rússia, com um aumento significativo nas ações militares. Sirsky indicou que o objetivo da Rússia é conquistar as regiões de Donetsk e Lugansk, além de avançar em Kherson e Zaporijia. Ele também mencionou a possibilidade de uma nova ofensiva russa a partir da Bielorrússia, onde Moscovo planeia realizar exercícios militares no outono.
Em resposta, as forças ucranianas atacaram um aeródromo militar na região russa de Orenburg, a mais de mil quilómetros da fronteira. Relatórios militares russos confirmaram que, durante a madrugada de quarta-feira, foram interceptados drones ucranianos, embora as defesas antiaéreas tenham conseguido abater quatro deles sem causar danos significativos. O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que, em um dos maiores ataques aéreos ucranianos em três anos de conflito, foram abatidos 158 drones em dez regiões do país, incluindo a península da Crimeia.
As tensões continuam a aumentar, com a Rússia acusando a Ucrânia de violar o cessar-fogo ao atacar infraestruturas elétricas na região de Kursk e na região de Zaporíjia. Enquanto isso, o presidente da câmara de Kharkiv, Ihor Terekhov, denunciou os ataques como uma nova tática russa para intimidar a população civil, destacando o impacto devastador sobre a infraestrutura da cidade e a preocupação crescente entre os cidadãos.
À medida que o conflito se intensifica, a situação humanitária na Ucrânia continua a deteriorar-se, com as autoridades a alertar para a necessidade urgente de assistência e apoio internacional.
Resumo
Os ataques aéreos na Ucrânia aumentaram significativamente, com a Rússia a realizar ofensivas em várias regiões, apesar das tentativas de mediação dos Estados Unidos. Na quarta-feira, um ataque em Dnipro resultou na morte de uma pessoa e ferimentos em dezenas, incluindo 17 atingidos por drones. O governador local, Serhii Lysak, confirmou danos extensivos a infraestruturas. Kramatorsk e Kharkiv também foram alvos de ataques, com feridos e destruição de propriedades. O chefe do Exército ucraniano, Oleksandr Sirsky, alertou para a intensificação das ofensivas russas, visando Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, e mencionou a possibilidade de uma nova ofensiva a partir da Bielorrússia. Em resposta, a Ucrânia atacou um aeródromo militar em Orenburg, com a Rússia afirmando ter abatido 158 drones em um dos maiores ataques aéreos ucranianos. As tensões aumentam, com a Rússia acusando a Ucrânia de violar o cessar-fogo, enquanto a situação humanitária na Ucrânia se deteriora, exigindo assistência internacional urgente.