Greve na Sumol+Compal em Pombal por melhores salários

Trabalhadores da Sumol+Compal iniciam greve por valorização salarial e melhores condições de trabalho.

há aproximadamente 20 horas
Greve na Sumol+Compal em Pombal por melhores salários

© Lusa

Resumo

Os trabalhadores da Sumol+Compal na unidade de Pombal iniciaram uma greve que paralisou a produção, reivindicando melhores salários e a valorização das suas categorias profissionais. A paralisação, que começou à meia-noite e se estenderá até às 8h00 de sexta-feira, surge após a empresa anunciar um faturamento recorde de 400 milhões de euros em 2024. Tiago Oliveira, secretário-geral da CGTP-IN, criticou o aumento salarial proposto de apenas 50 euros, considerando-o insuficiente face ao aumento do custo de vida. Testemunhos de trabalhadores, como Sérgio Macedo e Almerinda Santos, evidenciam a insatisfação com a política salarial da empresa, que não acompanha a inflação e resulta em salários achatados. A greve destaca a necessidade urgente de mudanças nas políticas salariais e de valorização profissional, refletindo um problema mais amplo no setor. Para mais informações, consulte a CGTP e a Sumol+Compal.

Os trabalhadores da Sumol+Compal na unidade de Pombal, situada no distrito de Leiria, iniciaram hoje uma greve que paralisou completamente a produção. A paralisação, que começou à meia-noite e se estenderá até às 8h00 de sexta-feira, visa reivindicar melhores salários, a valorização das categorias profissionais e a negociação do contrato coletivo. Tiago Oliveira, secretário-geral da CGTP-IN, destacou que a empresa anunciou 2024 como o melhor ano de sempre em termos de faturação, com receitas a rondar os 400 milhões de euros. No entanto, a valorização salarial proposta pela empresa não corresponde às necessidades dos trabalhadores, que continuam a enfrentar dificuldades financeiras.

Oliveira criticou a decisão da Sumol+Compal de implementar um aumento salarial de apenas 50 euros, considerando-o insuficiente face ao aumento brutal do custo de vida. “É evidente que ajuda, mas o que os trabalhadores realmente procuram é serem valorizados e terem uma vida com perspetiva de futuro”, afirmou, sublinhando que a empresa mantém uma política de baixos salários que perpetua as dificuldades enfrentadas pelos colaboradores.

Os testemunhos dos trabalhadores corroboram a insatisfação generalizada. Sérgio Macedo, um dos colaboradores, referiu que a empresa tem uma prática consistente de não valorizar quem trabalha, com aumentos salariais que não conseguem acompanhar a inflação. Ele observou que os colaboradores com mais responsabilidades recebem quase o mesmo que aqueles em cargos inferiores, resultando num achatamento dos salários.

Almerinda Santos, outra funcionária com 29 anos de casa, também expressou a sua preocupação, afirmando que os salários são baixos e os aumentos não são suficientes para cobrir os custos de vida. “Está a ser cada vez mais difícil para nós”, disse, referindo-se à sobrecarga de trabalho que os colaboradores enfrentam.

A situação na Sumol+Compal reflete um problema mais amplo no setor, onde os trabalhadores exigem uma maior valorização e condições de trabalho dignas. A greve é um apelo à atenção das autoridades e da sociedade para a necessidade urgente de mudanças nas políticas salariais e de valorização profissional.