O Tribunal Judicial de Ourique decidiu, esta quarta-feira, a prisão preventiva de um homem de 49 anos, acusado de tentativa de homicídio, após um incidente violento que ocorreu no concelho de Aljustrel, no distrito de Beja. A detenção foi realizada pela Polícia Judiciária (PJ) e confirmada por fontes policiais à agência Lusa. O suspeito foi apresentado ao tribunal na terça-feira, onde o juiz decidiu aplicar a medida de coação mais severa, levando-o ao Estabelecimento Prisional de Beja, onde aguardará o desenrolar do processo.
De acordo com a PJ, o crime ocorreu na madrugada de domingo, durante festividades populares, e envolveu uma agressão entre o suspeito e a vítima, um homem de 34 anos. A agressão, que ocorreu em plena via pública, foi motivada por razões aparentemente fúteis e exacerbada pelo consumo excessivo de álcool. A vítima foi atacada com uma arma branca, resultando em lesões graves que a colocaram em risco de vida. Após o incidente, foi assistida no local e transportada para a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, onde permanece internada.
A investigação da PJ levou à identificação do presumível autor do crime, culminando na emissão do mandado de detenção. As autoridades continuam a apurar os detalhes do caso, que chocou a comunidade local.
Em outro incidente de violência, um militar da GNR na reserva, de 55 anos, enfrentará julgamento no Tribunal de Vila Real por tentativa de homicídio de um guarda no Posto de Trânsito de Chaves. O caso remonta a 3 de agosto de 2024, quando o arguido, que estava na reserva desde 15 de julho, entrou no posto e disparou pelo menos 11 vezes contra o guarda, que conseguiu se proteger e imobilizar o atacante.
O Ministério Público (MP) acusa o militar de homicídio qualificado na forma tentada, atos preparatórios de incêndio e detenção de arma proibida. Durante o ataque, o arguido também tinha preparado engenhos incendiários, semelhantes a 'cocktails molotov', e possuía uma variedade de armas e munições em seu veículo. O MP descreve o comportamento do arguido como deliberado e perigoso, considerando que ele apresenta uma perturbação delirante crónica, mas é considerado inimputável, representando um risco tanto para si como para terceiros.
Ambos os casos refletem uma crescente preocupação com a violência e a segurança pública em Portugal, levantando questões sobre a eficácia das medidas de prevenção e a necessidade de um acompanhamento mais rigoroso de indivíduos com histórico de comportamentos violentos.
Resumo
O Tribunal Judicial de Ourique decretou a prisão preventiva de um homem de 49 anos, acusado de tentativa de homicídio após um incidente violento em Aljustrel, Beja. O crime ocorreu durante festividades populares, onde o suspeito agrediu um homem de 34 anos com uma arma branca, resultando em lesões graves. A vítima foi assistida e permanece internada na Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo. A Polícia Judiciária (PJ) identificou rapidamente o autor do crime, levando à sua detenção. Em um caso separado, um militar da GNR na reserva, de 55 anos, será julgado por tentativa de homicídio após disparar contra um guarda em Chaves, em agosto de 2024. O Ministério Público acusa-o de homicídio qualificado na forma tentada e detenção de arma proibida, considerando-o inimputável devido a uma perturbação delirante crónica. Ambos os casos levantam preocupações sobre a segurança pública em Portugal e a necessidade de medidas preventivas mais eficazes.