Modelo de linguagem Amália entra em fase beta com melhorias previstas

A versão beta do modelo Amália, inspirado no ChatGPT, foi concluída e melhorias estão previstas até setembro.

há aproximadamente 16 horas
Modelo de linguagem Amália entra em fase beta com melhorias previstas

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Resumo

A versão beta do modelo de linguagem português Amália, que utiliza tecnologia semelhante à do ChatGPT, foi concluída e uma versão melhorada está prevista para ser lançada até ao final de setembro. O investigador João Magalhães, da Universidade Nova de Lisboa, anunciou o progresso durante uma sessão sobre Inovação e Digitalização em Portugal, com a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro. Apesar de estar em fase beta, o modelo apresenta áreas que necessitam de melhorias, sendo atualmente acessível apenas a investigadores do consórcio. A versão final, esperada para o segundo trimestre de 2026, será capaz de interpretar diversos formatos de dados e fornecer respostas fiáveis sobre a língua, cultura e história de Portugal. O projeto, que conta com um investimento de 5,5 milhões de euros do PRR, é uma iniciativa do Governo português e envolve várias instituições de ensino superior e centros de investigação nacionais.

A versão beta do modelo de linguagem português Amália, que utiliza a mesma tecnologia subjacente ao ChatGPT, está agora concluída e uma versão melhorada deverá ser lançada até ao final de setembro. O anúncio foi feito pelo investigador João Magalhães, que está envolvido no desenvolvimento deste projeto de inteligência artificial, durante uma sessão dedicada à Inovação e Digitalização em Portugal, realizada no Museu das Comunicações em Lisboa, com a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro.

João Magalhães destacou que, apesar de estar numa fase beta, o modelo ainda apresenta áreas que necessitam de melhorias. "Estamos a falar de desenvolvimento e de inovação, e inovação é um processo de melhoria permanente", afirmou o investigador da Universidade Nova de Lisboa. Neste momento, a versão beta está acessível apenas a investigadores dos centros que integram o consórcio, permitindo-lhes realizar tarefas como sumarização e geração de ideias, com textos produzidos em português europeu.

De acordo com a programação apresentada, até ao final do terceiro trimestre de 2025, espera-se que uma versão base do modelo seja finalizada, capaz de fornecer respostas fiáveis sobre a língua, cultura e história de Portugal. Esta versão melhorada terá a capacidade de responder a perguntas "com total segurança e sem risco para o utilizador".

A versão final do Amália, que deverá estar disponível no segundo trimestre de 2026, será capaz de interpretar diversos formatos de dados, com o objetivo de se destacar na interpretação e geração de textos em língua portuguesa, bem como no conhecimento da história, cultura, ciência e literatura de Portugal. Magalhães sublinhou que o projeto estará em constante atualização e que, nesta fase, é crucial obter feedback de linguistas, utilizadores comuns e diversas entidades, o que contribuirá para a melhoria contínua do modelo.

O desenvolvimento do Amália é uma iniciativa do Governo português, liderada pela ministra da Juventude e Modernização e pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação, com um investimento de 5,5 milhões de euros financiados pelo PRR. O treino e desenvolvimento deste modelo de linguagem está a ser realizado por cinco instituições de ensino superior públicas, incluindo a Universidade Nova de Lisboa, o Instituto Superior Técnico, a Universidade de Coimbra, a Universidade do Porto e a Universidade do Minho, conforme indicado no Portal Base.

O projeto é realizado em colaboração com centros de investigação nacionais, como o NOVA LINCS, o IT, o INESC-ID, o INESC-TEC, o CISUC e o ALGORITMI, envolvendo também investigadores da Universidade da Beira Interior e da Universidade de Évora, conforme revelou o Governo.