PJ desmantela laboratório de drogas em Lisboa e detém 13

Operação 'Mercado Negro' resulta na detenção de guardas prisionais e investigações sobre corrupção e tráfico.

há aproximadamente 19 horas
PJ desmantela laboratório de drogas em Lisboa e detém 13

© Rui Alves Cardoso - RTP

Resumo

A Polícia Judiciária (PJ) desmantelou um laboratório clandestino de produção de drogas em Lisboa, no âmbito da operação "Mercado Negro", resultando na detenção de 13 indivíduos, incluindo dois guardas prisionais. O laboratório tinha como objetivo a introdução de substâncias ilícitas em várias prisões, como Lisboa, Alcoentre, Carregueira, Sintra e Funchal. As detenções surgem após investigações que revelaram um projeto criminoso que envolvia a colaboração de guardas prisionais em troca de vantagens financeiras. A operação incluiu 32 mandados de busca e apreensão, com a colaboração da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais. O presidente do Sindicato do Corpo da Guarda Prisional apoiou a operação, enfatizando a necessidade de integridade no serviço. Os detidos serão apresentados a um interrogatório judicial, enquanto as investigações prosseguem, reafirmando o compromisso da PJ na luta contra a corrupção e o tráfico de drogas no sistema prisional.

A Polícia Judiciária (PJ) desmantelou, na manhã desta quarta-feira, um laboratório clandestino de produção de drogas localizado num apartamento em Lisboa, no âmbito da operação designada "Mercado Negro". Esta ação, que ainda está em curso, resultou na detenção de 13 indivíduos, incluindo dois guardas prisionais, e visou a introdução de substâncias ilícitas em várias prisões, nomeadamente em Lisboa, Alcoentre, Carregueira, Sintra e Funchal.

De acordo com a PJ, o laboratório funcionava exclusivamente para a produção de drogas, e as detenções surgem no contexto de investigações que apuraram a existência de um alegado projeto criminoso. Este projeto envolvia, entre outros, a colaboração de guardas prisionais que facilitavam a entrada de drogas nas instituições prisionais em troca de vantagens financeiras. As autoridades estão a investigar crimes de corrupção ativa e passiva, tráfico de estupefacientes, falsificação de documentos e branqueamento de capitais.

A operação incluiu o cumprimento de 32 mandados de busca e apreensão, dos quais 14 foram realizados em residências e 18 em outros locais. A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais colaborou ativamente com a investigação, através da Direção dos Serviços de Segurança e do Grupo de Intervenção e Segurança Prisional (GISP). A operação foi supervisionada por uma juíza de instrução e acompanhada por cerca de 200 inspetores e peritos da PJ.

Frederico Morais, presidente do Sindicato do Corpo da Guarda Prisional, expressou apoio à operação, afirmando que a Guarda Prisional deve ser composta por profissionais íntegros e que a corrupção não deve ter lugar no serviço. Morais sublinhou que a investigação é um passo necessário para manter a credibilidade da instituição e que as operações devem ser realizadas sempre que existam suspeitas fundamentadas.

Os detidos serão apresentados a um primeiro interrogatório judicial, onde serão decididas as medidas de coação adequadas. As investigações continuam, com a PJ a reafirmar o seu compromisso na luta contra a corrupção e o tráfico de drogas dentro do sistema prisional.