Governo Chinês Alerta Cidadãos sobre Viagens aos EUA

Alerta do governo chinês destaca riscos de viagens aos EUA devido a tensões comerciais e segurança interna.

há aproximadamente 12 horas
Governo Chinês Alerta Cidadãos sobre Viagens aos EUA

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Resumo

O Governo chinês emitiu um alerta aos cidadãos sobre os riscos de viajar para os Estados Unidos, citando a deterioração das relações económicas entre os dois países. Este aviso surge no contexto da intensificação da guerra comercial, após a imposição de tarifas aduaneiras pelos EUA que chegam a 104% sobre produtos chineses. Em resposta, a China aumentou as suas tarifas sobre produtos norte-americanos de 34% para 84%. Além disso, o Ministério da Educação da China alertou estudantes sobre uma proposta de lei no Ohio que pode restringir intercâmbios educacionais. A escalada das tarifas tem gerado preocupações sobre a estabilidade económica, com membros do Partido Republicano a questionarem a eficácia da estratégia de Trump, que defende as tarifas como forma de revitalizar a indústria norte-americana. A União Europeia também reagiu, impondo tarifas de 25% sobre produtos dos EUA. A situação permanece volátil, com a China a contestar as tarifas na Organização Mundial do Comércio (OMC), reafirmando o seu compromisso em defender os seus interesses no comércio internacional.

O Governo chinês emitiu um alerta significativo para os cidadãos que planeiam viajar para os Estados Unidos, citando a crescente deterioração das relações económicas e comerciais entre os dois países. O aviso, divulgado pelo Ministério da Cultura e do Turismo, recomenda que os turistas chineses avaliem cuidadosamente os riscos associados a estas viagens, especialmente em face da atual situação de segurança interna nos EUA. Este comunicado surge num contexto de intensificação da guerra comercial entre Washington e Pequim, que se acentuou após o presidente norte-americano, Donald Trump, ter imposto tarifas aduaneiras que atingem até 104% sobre produtos chineses.

Em resposta a estas medidas, a China anunciou um aumento das suas tarifas sobre produtos norte-americanos, passando de 34% para 84%. Além disso, o Ministério da Educação da China também emitiu um aviso direcionado a estudantes, alertando sobre uma proposta de lei em discussão no parlamento do Ohio que contém disposições desfavoráveis à China, restringindo os intercâmbios educacionais e a cooperação entre universidades dos dois países. O ministério aconselhou os estudantes a considerarem os riscos de segurança ao escolherem estudar em determinados estados dos EUA.

A escalada das tarifas impostas por Trump não só provocou uma guerra comercial global, mas também gerou preocupações sobre a estabilidade económica. No seio do Partido Republicano, alguns membros expressaram dúvidas sobre a eficácia da estratégia de Trump, que, apesar das críticas, continua a defender as tarifas como uma forma de revitalizar a indústria norte-americana. Recentemente, Trump afirmou que um número recorde de empresas está a regressar aos EUA, promovendo um ambiente favorável para negócios, embora os índices de mercado tenham sofrido quedas significativas desde a implementação das tarifas.

A União Europeia, por sua vez, também reagiu, aprovando tarifas de 25% sobre produtos norte-americanos em retaliação às medidas de Trump. O impacto das tarifas já se faz sentir em vários setores, incluindo a indústria do vinho da Madeira, que tem visto uma diminuição nas encomendas para os EUA, um dos seus principais mercados. Os produtores locais expressam preocupação sobre a capacidade de manter os níveis de exportação, que nos últimos anos renderam cerca de 2,6 milhões de euros.

Enquanto as tensões comerciais continuam a aumentar, a China já recorreu à Organização Mundial do Comércio (OMC) para contestar as tarifas dos EUA, reafirmando o seu compromisso em defender os seus direitos e interesses no sistema comercial internacional. A situação permanece volátil, com previsões de que a instabilidade nos mercados financeiros possa persistir, à medida que os efeitos da guerra comercial se desenrolam.