Zelensky denuncia recrutamento de cidadãos chineses pela Rússia

Ucrânia identifica 155 chineses lutando ao lado da Rússia; China nega envolvimento.

há aproximadamente 11 horas
Zelensky denuncia recrutamento de cidadãos chineses pela Rússia

© Reuters

Resumo

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou que pelo menos 155 cidadãos chineses estão a lutar ao lado das forças russas, levantando preocupações sobre o envolvimento da China no conflito. Zelensky acredita que o número real de combatentes pode ser maior, especialmente após a captura de dois cidadãos chineses na região de Donetsk. As autoridades ucranianas indicam que a Rússia está a recrutar cidadãos chineses através de redes sociais, como o TikTok, onde são feitos anúncios para adesão. Os recrutados recebem treino militar na Rússia e cartões bancários russos para pagamento. O governo chinês negou qualquer envolvimento organizado, considerando as acusações infundadas e reafirmando a sua neutralidade. A captura dos cidadãos chineses foi confirmada pelas autoridades ucranianas, que encontraram documentos de identificação e cartões bancários. Os Estados Unidos também expressaram preocupação, acusando a China de ser um facilitador da Rússia. Este episódio intensifica as tensões nas relações entre a Ucrânia e a China, com Kiev a exigir explicações sobre o envolvimento de cidadãos chineses no conflito.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelou que as autoridades de Kiev identificaram pelo menos 155 cidadãos chineses a lutar ao lado das forças russas, uma situação que levanta preocupações sobre o envolvimento da China no conflito. Durante uma conferência de imprensa, Zelensky afirmou que acredita que o número real de combatentes chineses pode ser significativamente maior, especialmente após a captura de dois cidadãos da China na região de Donetsk, no leste da Ucrânia.

Zelensky destacou que as informações obtidas pelos serviços de inteligência ucranianos indicam que a Rússia está a recrutar cidadãos chineses através de plataformas de redes sociais, como o TikTok, onde são veiculados anúncios que incentivam a adesão. O presidente ucraniano mencionou que os recrutados são submetidos a exames médicos na Rússia e recebem treino militar antes de serem enviados para o combate na Ucrânia, onde também recebem cartões bancários russos para o pagamento dos seus serviços.

Em resposta a estas alegações, o governo chinês negou qualquer envolvimento organizado de seus cidadãos na guerra, considerando as acusações "infundadas". O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Lin Jian, reiterou a posição de neutralidade de Pequim e enfatizou que o governo chinês sempre aconselhou seus cidadãos a evitar zonas de conflito e a não se envolver em operações militares.

A captura dos dois cidadãos chineses, que Zelensky afirmou ter ocorrido em território ucraniano, foi confirmada pelas autoridades ucranianas, que alegam ter encontrado documentos de identificação e cartões bancários entre os pertences dos capturados. O presidente ucraniano expressou preocupação com o envolvimento de cidadãos de outros países no conflito, afirmando que isso demonstra a intenção da Rússia de prolongar a guerra.

Os Estados Unidos também se manifestaram sobre a situação, considerando a captura dos combatentes chineses como um desenvolvimento preocupante. A porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, acusou a China de ser um "grande facilitador" da Rússia, fornecendo uma quantidade significativa de tecnologia necessária para sustentar o esforço de guerra.

Este episódio marca um ponto de tensão nas relações entre a Ucrânia e a China, que, apesar de manter uma posição de neutralidade, é vista com desconfiança por Kiev e seus aliados ocidentais. A situação continua a evoluir, com a Ucrânia a exigir explicações de Pequim sobre o envolvimento de seus cidadãos no conflito, enquanto a comunidade internacional observa atentamente as repercussões desta nova dinâmica.